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Bloco Cacique de Ramos é declarado patrimônio imaterial do Rio de Janeiro

A nova lei também proíbe qualquer tipo de discriminação ou preconceito contra o bloco ou seus integrantes
Desfile do Bloco Cacique de Ramos no encerramento do carnaval de rua do Rio de Janeiro.

Desfile do Bloco Cacique de Ramos no encerramento do carnaval de rua do Rio de Janeiro.

— Reprodução / Cacique de Ramos

8 de novembro de 2024

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) declarou o bloco carnavalesco Cacique de Ramos como patrimônio histórico, cultural e imaterial do Rio. Sancionada pelo governo estadual, a lei 10.562 de 2023 foi publicada na última quinta-feira (7) no Diário Oficial.

O bloco possui 63 anos de existência e é reconhecido como uma das manifestações mais tradicionais do Rio de Janeiro, se mantendo desde 1961 como um alicerce das raízes afro-brasileiras na cultura carioca. 

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O bloco começou com um grupo de sambistas da Zona Norte fluminense, no bairro de Ramos, e reuniu musicalidade e ancestralidade da comunidade negra, com fortes ligações com religiões de matriz africana. De lá surgiram nomes de peso para o samba, como Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho e o grupo Fundo de Quintal. 

Além de o declarar como patrimônio, o texto legislativo determina o Poder Público como responsável por assegurar e fomentar as apresentações e atividades culturais realizadas pelo grupo, proibindo regras administrativas discriminatórias que inviabilizam as ações.

A lei também proíbe qualquer manifestação e preconceito ou discriminação de natureza social, racial, cultural, política ou administrativa, salvaguarda que também se estende aos integrantes do bloco. 

“Receber esse reconhecimento do governo do Estado é uma etapa fundamental para todos nós. Em nome da família Félix do Nascimento, agradeço ao governador Cláudio Castro por engrandecer a nossa história e nossa cultura”, diz Márcio Nascimento, gestor do Cacique de Ramos, em nota.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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