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Dia Nacional do Combate à Discriminação Racial: 5 livros de autores negros para refletir

Instituído em 1951, o dia 3 de julho marca a criação da primeira lei de combate ao racismo no Brasil
Imagem mostra a escritora Conceição Evaristo, autora do livro “Olhos d’água” (2014), em uma biblioteca.

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

3 de julho de 2024

Em 3 de julho de 1951, o Congresso Nacional aprovou a primeira legislação brasileira contra o racismo, também conhecida como Lei Afonso Arinos, que tornou a discriminação racial uma contravenção penal. A data marca a criação do Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, que é comemorado anualmente desde então.

O dia também é uma oportunidade para refletir sobre os avanços e desafios na luta contra o racismo no Brasil. Apesar de progressos significativos nas últimas décadas, como a adoção de cotas raciais em universidades e serviços públicos, o país ainda enfrenta sérios problemas relacionados à discriminação e à violência racial.

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Uma boa forma de tomar mais consciência dos diversos contextos que se relacionam com a questão racial no país é aumentando nossas referências literárias sobre a temática. 

A Alma Preta Jornalismo selecionou cinco obras de escritores negros que abordam os temas de racismo, igualdade e luta racial, para te ajudar a compreender melhor o assunto.

1. “Olhos D’água” (2014)

A publicação de Conceição Evaristo aborda a história de personagens negras silenciadas pelo racismo, pelas condições econômicas e por questões de gênero. Por meio de contos, a autora explora histórias de pessoas que tiveram sua trajetória atravessada pela desigualdade social e racial da sociedade brasileira.

2. “Amoras” (2018)

De autoria do rapper Emicida, o livro de literatura infantil narra a história de uma garotinha negra em processo de reconhecimento da sua própria identidade. Com poesia e referências à grandes nomes da luta antirracista, o livro aborda negritude, representatividade, preconceito e autoconfiança.

3. “Entre o Mundo e Eu” (2015)

Escrito pelo jornalista nova-iorquino Ta-Nehisi Coates, o livro é uma carta para seu filho adolescente, Samoi. Nela, o autor compartilha experiências pessoais em relação ao seu despertar quanto ao lugar ocupado pelo negro na sociedade norte-americana.

4. “Quarto de despejo: Diário de uma favelada” (1960)

Considerada como um dos mais importantes relatos literários sobre a vida nas favelas do Brasil e a luta diária contra a pobreza, o livro de Carolina Maria de Jesus apresenta uma seleção dos diários da autora entre 1955 e 1960. Neles, Carolina expõe a vida e a luta de uma catadora de lixo da periferia do Canindé, em São Paulo.

5. “O genocídio do Negro Brasileiro: processo de um racismo mascarado” (1978)

O livro de Abdias do Nascimento reflete sobre o mito da democracia racial no Brasil e aprofunda sobre as especificidades da estrutura racista brasileira, apresentando as diferenças em relação aos outros países. A publicação é tida como uma das leituras fundamentais na formação antirracista.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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