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‘É Coisa de Orixá’: exposição na Alesp celebra os 80 anos de Leci Brandão

Mostra homenageia a trajetória da sambista e parlamentar que se tornou ícone da luta pela cultura e pelos direitos do povo negro
Imagem da deputada estadual Leci Brandão recebendo flores na abertura da exposição "É Coisa de Orixá", que celebra os seus 80 anos. A exposição está em exibição até o dia 27 de janeiro, na Alesp.

Foto: Larissa Navarro/Alesp

21 de setembro de 2024

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) sedia até 27 de setembro a exposição “É Coisa de Orixá”, em homenagem aos 80 anos da sambista e deputada estadual Leci Brandão. A mostra, que celebra a vida e a obra da artista e parlamentar, reconta sua trajetória desde o nascimento, em 1944, no Rio de Janeiro, até sua atuação atual em seu quarto mandato consecutivo.

Com uma vida dedicada à arte, à cultura e à política, Leci Brandão é uma figura pioneira em várias frentes. Além de ter sido a primeira mulher a integrar a ala de compositores da Estação Primeira de Mangueira, tradicional escola de samba carioca, ela também foi a segunda mulher negra eleita na história da Assembleia Legislativa de São Paulo.

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A curadora da exposição Dhamaze Lima destacou o significado da mostra, que reflete a ampla trajetória de Leci: “A ideia foi trazer essa homenagem para a Casa onde ela se dedica tanto como parlamentar, contando sua história, desde a infância até a carreira musical e política. O público terá a chance de conhecer a Leci em diferentes fases da vida, desde estudante e atendente de telemarketing, até militante e parlamentar”, diz a artista em nota da Alesp.

A exposição, aberta ao público no Hall Monumental do Palácio 9 de Julho, apresenta registros históricos da carreira de Leci Brandão, com documentos, fotografias e marcos de sua trajetória artística e política. Durante a cerimônia de abertura, Leci relembrou momentos decisivos da sua vida e falou sobre o significado de sua carreira para a luta dos menos favorecidos.

“Em 1985, eu estava quase desistindo de tudo, mas São Paulo me acolheu. Foi aqui que retomei minha carreira artística, e por isso escolhi esse estado para levar adiante minha luta no Parlamento. Quando fui eleita, reuni todos os meus discos e percebi que as músicas que eu cantava sobre o povo da favela e do interior seriam também o meu caminho na Assembleia”, declarou emocionada.

Imagem de parte da exposição, em exibição até o dia 27 de setembro na Alesp.

A abertura da exposição foi prestigiada por amigos, familiares, fãs e colegas de Leci na Alesp, incluindo a deputada Ediane Maria (Psol), a ex-deputada Erica Malunguinho e o ex-deputado Jamil Murad. Ediane Maria destacou a importância de Leci para a política e a cultura: “Ela me inspirou e abriu caminho para que eu chegasse até aqui. É uma referência na luta pela negritude e pela periferia”.

Erica Malunguinho, também ex-deputada e defensora dos direitos da população negra, ressaltou o legado de Leci Brandão: “Ela abriu caminhos para que pudéssemos continuar produzindo cultura e política. Estar aqui celebrando sua história é um marco”. A mostra segue aberta ao público até o dia 27 de setembro, com entrada gratuita.

Serviço

Exposição Leci Brandão 80 anos: “É coisa de Orixá”

Quando: até 27 de setembro

Horário: das 8h às 20h

Onde: Hall Monumental do Palácio 9 de Julho – Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – São Paulo (SP)

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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