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Espetáculo no Rio faz releitura de movimentos culturais da comunidade negra 

A obra ”Vinte!” em cartaz até 6 de abril, reconstrói narrativas por meio de uma perspectiva negra na cena contemporânea do Rio de Janeiro
Imagem do elenco do espetáculo "VINTE!".

Imagem do elenco do espetáculo "VINTE!".

— Reprodução/Íra Barillo

23 de março de 2025

O Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ) apresenta o espetáculo “Vinte!” , em cartaz para curta temporada até 6 de abril na capital fluminense. A obra une teatro, dança e música com referências importantes de movimentos culturais, com o intuito de resgatar a história do teatro negro na cena contemporanêa. 

A peça teatral propõe uma reivindicação ficticia da memória dos movimentos artísticos negros dos anos 1920 no Brasil, fazendo um passeio pela cidade do Rio ao longo do tempo e sua conexão com a arte. A obra parte de uma crítica a partir da peça “Tudo Preto” da Companhia Negra de Revistas, que estreou em 1926, e reconstrói narrativas a partir de uma perspectiva negra e contemporânea.

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Para construir o espetáculo, a narrativa serviu como inspiração ao movimento cultural afro-americano “O renascimento do Harlem”, que nasceu na comunidade de Nova York na mesma época, marcado por expressões artísticas. 

A pesquisa levou a movimentos no Brasil como a  Companhia Negra de Revistas, fundada no Rio de Janeiro e considerada a primeira no país formada por atrizes e atores negros. O grupo reuniu nomes como Pixinguinha e De Chocolat e marcou a história do teatro musical negro brasileiro. 

Com direção de Maurício Lima, as performances exploram no palco as fronteiras entre os artistas e o público. As cenas ganham múltiplas linguagens como falada, cantada, dançada e inventada.

“A encenação parte de uma relação radical dos atores com a palavra. Isso não significa que exista uma hierarquia entre as linguagens. O teatro, a dança e a música dialogam de forma orgânica, compondo uma cena que se desenvolve numa abordagem filosófica afroindígena não linear do tempo e, consequentemente, da História”, comenta o diretor.

O espetáculo aposta em uma experimentação cênica e sonora inspirada no choro, jazz e samba, ritmos fundamentais na identidade cultural negra.

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