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Festival Sesc Culturas Negras abre programação com Muniz Sodré em bate-papo sobre mídia, identidade e racismo

Segunda edição do evento começa dia 10 de junho em São Paulo; programação traz mais de 60 atividades dedicadas à valorização das expressões negras
O sociólogo e jornalista brasileiro Muniz Sodré, responsável pela abertura do Festival Sesc Culturas Negras 2025.

O sociólogo e jornalista brasileiro Muniz Sodré, responsável pela abertura do Festival Sesc Culturas Negras 2025.

— Divulgação

30 de maio de 2025

A segunda edição do Festival Sesc Culturas Negras acontece de 10 a 15 de junho com atrações em oito unidades do Sesc São Paulo. Com o conceito de “existência negra” como norte, o festival convida o público a mergulhar nas múltiplas expressões artísticas e experiências que compõem as culturas negras no Brasil. O evento propõe a valorização de territórios, trajetórias, corpos e saberes construídos e sustentados por comunidades negras ao longo do tempo.

A programação completa, que acontece nas unidades 14 Bis, Campo Limpo, Consolação, Interlagos, Santana, Casa Verde, Pompeia e Vila Mariana, contempla shows, oficinas, rodas de conversa, apresentações teatrais, desfiles performáticos, vivências e atividades para crianças.

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Conexões entre artistas, coletivos e comunidades

Nomes como KL Jay, Tiganá Santana, Erica Malunguinho, Sandra Petit, Isa Silva, Adriana (Didi Couto), Salgadinho, Cia. Afro Oyá e Jongo da Serrinha integram a programação. Além da presença de mestres e mestras da tradição oral e lideranças de territórios periféricos e quilombolas.

Cada unidade do Sesc será palco de “quintais” temáticos, dedicados a dimensões como corporeidades, teatralidades, ensinagens, festejos e samba. As ações articulam cultura, ancestralidade e direitos e reafirma a produção cultural negra como potência que atravessa o passado, molda o presente e projeta futuros.

A entrada para a maioria das atividades é gratuita, com retirada de ingressos ou senhas nas unidades participantes. A programação completa está disponível nos canais oficiais do Sesc São Paulo.

A jornalista e apresentadora Didi Couto e o cantor Salgadinho participam da segunda edição do Festival Sesc Culturas Negras.
A jornalista e apresentadora Didi Couto e o cantor Salgadinho participam da segunda edição do Festival Sesc Culturas Negras. Fotos: Divulgação

Abertura com participação de Muniz Sodré

Na abertura do festival, no dia 10 de junho, o sociólogo e escritor Muniz Sodré conduz um bate-papo sobre comunicação, cultura negra e os enfrentamentos ao racismo, a partir das 20h no Teatro Antunes Filho, no Sesc Vila Mariana.

Reconhecido por sua trajetória intelectual e por contribuições centrais ao pensamento crítico no Brasil, ele abordará as relações entre mídia, identidade negra e práticas de resistência. O encontro propõe reflexões sobre a centralidade da comunicação nos processos de afirmação das existências negras, tema que conduz toda a curadoria do festival.

Encruzilhadas e celebração da ancestralidade

Antes da roda de conversa, o público poderá acompanhar, às 18h30, na Praça de Eventos da mesma unidade, a intervenção artística “Encruzilhadas”, com Zé Manoel, Ayô Tupinambá, Safira e Guinho. A apresentação conecta música, poesia e dança em um diálogo entre tradição e contemporaneidade.

Ainda na noite de abertura, a Orquestra de Balé Afrikanse sobe ao palco com artistas de Moçambique, Guiné Conacri, Senegal, Nigéria, Congo e África do Sul. A direção artística é de Ermi Panzo, com direção musical de Otis Selimani e Akìnrulì. Os ingressos para o espetáculo variam entre R$ 18 e R$ 60.

Serviço

2ª edição do Festival Sesc Culturas Negras

Quando: De 10 a 15 de junho de 2025

Horários: consultar a programação

Unidades participantes: Sesc 14 Bis, Sesc Campo Limpo, Sesc Casa Verde, Sesc Consolação, Sesc Interlagos, Sesc Pompeia, Sesc Santana e Sesc Vila Mariana

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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