Conhecido por seu compromisso com a luta antirracista na música clássica, Luiz de Godoy integra a nova geração de músicos brasileiros que atuam pelo mundo.
Aos 35 anos, Luiz é natural de Mogi das Cruzes (SP) e formado em música pela Universidade de São Paulo (USP). Recentemente, o brasileiro passou a fazer parte do corpo docente de uma das principais universidades europeias, a Escola Superior de Música e Teatro de Hamburgo, na Alemanha.
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No novo posto como professor de regência orquestral, Luiz de Godoy pretende contribuir para a democratização do ensino da música.
“É preciso combater a glamourização do talento, bem como do mérito. O foco deve estar na democratização do acesso à formação, na diversificação das experiências, no fomento da criatividade. É isso que define uma sociedade realmente desenvolvida e moderna”, afirma.
Em 2009, Godoy foi contemplado em um projeto da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para um intercâmbio cultural em Boston, nos Estados Unidos. A nomeação é fruto de uma jornada que o levou à Europa no ano seguinte, a convite do Coro da Universidade de Viena para ministrar um workshop sobre música coral brasileira.
Através da música, ele teve a oportunidade de se apresentar com artistas consagrados, como os Rolling Stones e Bobby McFerrin, além de chegar a espaços históricos pelo mundo, como a Basílica Papal de Santa Maria Maggiore, em Roma, e em mais de 80 concertos.
Um marco na carreira de Luiz de Godoy foi a nomeação como mestre-de-capela dos Meninos Cantores de Viena, instituição de 525 anos de história, da qual foi regente entre 2016 e 2019. Nesse período fez turnês por 26 países.
Durante uma turnê em São Paulo em 2022, o maestro apresentou a Missa de Santa Cecília, obra do compositor negro brasileiro José Maurício Nunes Garcia (1767-1830).