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MAC Niterói recebe exposição coletiva que debate objetificação da mulher brasileira

Mostra “Ah, Eu Amo As Mulheres Brasileiras!” reúne 34 obras feitas por mulheres de todo o país
Na foto, a artista Micaela Cyrino está trabalhando em uma das obras expostas na mostra "Ah, Eu Amo As Mulheres Brasileiras!"

Foto: Divulgação

18 de janeiro de 2024

Após passar por outras cidades, a exposição coletiva “Ah, Eu Amo As Mulheres Brasileiras!”, chega a Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, para questionar como o corpo feminino é objetificado e hipersexualizado em diversas esferas, especialmente na arte. A mostra fica em cartaz até 25 de fevereiro, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, o MAC.

Dividida em quatro grandes núcleos, a exibição oferece uma perspectiva moderna por meio de 34 produções de artistas mulheres de todo o país, para diversificar ao máximo o olhar sobre a proposta. A curadoria é de Luiza Testa.

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As obras reúnem instalações, fotografias, esculturas, vídeos, litogravuras, entre outras linguagens, que vêm desafiar este lugar-comum, por meio da sensibilidade de artistas brasileiras de diferentes raças, etnias, idades e perfis. 

“É um prazer, enfim, trazer a mostra para o Rio de Janeiro e a expectativa é que a gente possa discutir a sexualização da mulher brasileira. Embora a gente saiba que hoje tudo está globalizado e a internet dá acesso à arte e a essa discussão, é importante levá-la para o mundo real”, diz Luiza Testa em nota à imprensa. 

“Ah, Eu Amo As Mulheres Brasileiras!” teve sua estreia internacional na apexart, em Nova York, sob o título de “Oh, I Love Brazilian Women!” e também passou pelo Centro Cultural São Paulo (CCSP) este ano. Após passar pelo Rio, a mostra seguirá em itinerância pelo Brasil.

A exposição também vai dialogar com a localização e com o espaço arquitetônico singular do MAC-Niterói. O prédio foi projetado por Oscar Niemeyer para se relacionar com o espaço e com a sua vista única para a Baía de Guanabara. O fato das curvas da mulher brasileira serem umas das maiores inspirações do arquiteto também não passará despercebido.

“Existe uma tradição que coloca o corpo feminino sexualizado como fonte de inspiração. Assim, vamos levar isso para a exposição em forma de questionamento, além de abordar a relação do museu com a paisagem, trazendo obras como a da Nara Guichon, a boneca ritxoco de Mahuederu Karajá e da Fernanda Naman, que falam da ligação entre a mulher e a natureza como algo muito mais profundo do que simplesmente essa relação de curvas”, completa Luiza.

Serviço da exposição:

Quando: até 25 de fevereiro, de terça a domingo, das 10h às 17h30

Onde: Museu de Arte Contemporânea de Niterói 

Ingressos: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia-entrada)Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria, ou pelo Sympla

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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