Após passar por outras cidades, a exposição coletiva “Ah, Eu Amo As Mulheres Brasileiras!”, chega a Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, para questionar como o corpo feminino é objetificado e hipersexualizado em diversas esferas, especialmente na arte. A mostra fica em cartaz até 25 de fevereiro, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, o MAC.
Dividida em quatro grandes núcleos, a exibição oferece uma perspectiva moderna por meio de 34 produções de artistas mulheres de todo o país, para diversificar ao máximo o olhar sobre a proposta. A curadoria é de Luiza Testa.
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As obras reúnem instalações, fotografias, esculturas, vídeos, litogravuras, entre outras linguagens, que vêm desafiar este lugar-comum, por meio da sensibilidade de artistas brasileiras de diferentes raças, etnias, idades e perfis.
“É um prazer, enfim, trazer a mostra para o Rio de Janeiro e a expectativa é que a gente possa discutir a sexualização da mulher brasileira. Embora a gente saiba que hoje tudo está globalizado e a internet dá acesso à arte e a essa discussão, é importante levá-la para o mundo real”, diz Luiza Testa em nota à imprensa.
“Ah, Eu Amo As Mulheres Brasileiras!” teve sua estreia internacional na apexart, em Nova York, sob o título de “Oh, I Love Brazilian Women!” e também passou pelo Centro Cultural São Paulo (CCSP) este ano. Após passar pelo Rio, a mostra seguirá em itinerância pelo Brasil.
A exposição também vai dialogar com a localização e com o espaço arquitetônico singular do MAC-Niterói. O prédio foi projetado por Oscar Niemeyer para se relacionar com o espaço e com a sua vista única para a Baía de Guanabara. O fato das curvas da mulher brasileira serem umas das maiores inspirações do arquiteto também não passará despercebido.
“Existe uma tradição que coloca o corpo feminino sexualizado como fonte de inspiração. Assim, vamos levar isso para a exposição em forma de questionamento, além de abordar a relação do museu com a paisagem, trazendo obras como a da Nara Guichon, a boneca ritxoco de Mahuederu Karajá e da Fernanda Naman, que falam da ligação entre a mulher e a natureza como algo muito mais profundo do que simplesmente essa relação de curvas”, completa Luiza.
Serviço da exposição:
Quando: até 25 de fevereiro, de terça a domingo, das 10h às 17h30
Onde: Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Ingressos: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia-entrada)Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria, ou pelo Sympla