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Monumento resgata contribuição do povo negro para o Maranhão

Iniciativa composta por painéis artísticos pretende entrar para o roteiro cultural da capital maranhense
Painéis expostos na Praça das Mercês, em São Luís (MA), exibem as obras de oito artistas da região.

Painéis expostos na Praça das Mercês, em São Luís (MA), exibem as obras de oito artistas da região.

— Divulgação

28 de dezembro de 2023

A trajetória do povo negro do Maranhão será celebrada no “Monumento à Diáspora Africana”, localizado na Praça das Mercês, São Luís. O espaço foi inaugurado no início de dezembro e resgata a história e toda a contribuição destes povos em diversos segmentos da sociedade. A entrada é gratuita.

A iniciativa, composta por nove painéis instalados na praça, é inédita no Brasil por ser um espaço de memória que une artes visuais, informações históricas e ações educativas de valorização da diversidade étnico-racial. Além disso, o espaço tem o objetivo de entrar para o roteiro cultural da cidade turística. 

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A construção do Monumento à Diáspora Africana foi feita de forma coletiva. A Fumph contou com o apoio da Coordenadoria Municipal da Igualdade Racial (Compir) e da Prefeitura de São Luís para formar uma comissão com pesquisadores negros de antropologia e história, junto a diversos ativistas dos movimentos sociais negros que contribuíram no planejamento, elaboração e conclusão do projeto.

O primeiro painel é feito em granito negro e contém informações históricas sobre as diversas nações africanas que, em diáspora forçada, desembarcaram no Maranhão na condição de escravizados entre os anos de 1693 a 1841.

Já os outros painéis artísticos foram elaborados por oito maranhenses negros cujas obras se relacionam diretamente com o protagonismo do povo negro e suas contribuições formadas a partir do seu processo de adaptação nos territórios. 

A diversidade de técnicas utilizadas e o potencial de comunicabilidade são marcas dos trabalhos expostos na Praça das Mercês. Eles abordam temas como as matrizes africanas, religiosidades, memória, culinária, empoderamento e as tecnologias africanas.

O projeto do Monumento à Diáspora Africana conta ainda com o lançamento de uma cartilha educativa com ações de educação patrimonial que pode ser retirada no local. O projeto também inclui visitas guiadas para alunos da rede pública de ensino.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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