A Morada Jaraguá Okênozune, um dos principais espaços culturais do centro histórico do Jaraguá, na cidade de São Paulo, está com inscrições abertas até 26 de janeiro para o Chamamento 2025. O objetivo é oferecer oficinas, workshops, ensaios e coworking e fortalecer o protagonismo negro na região com a promoção de atividades que resgatam e celebram as raízes culturais afro-brasileiras e africanas.
As inscrições para o Chamamento 2025 podem ser feitas diretamente na Morada Jaraguá Okênozune. Mais informações podem ser consultadas nas redes sociais do espaço cultural.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
A programação deste ano inclui oficinas de blues (guitarra e violão), trilhas pelas águas do Jaraguá, teatro, caminhada histórica, rodas de conversa sobre territórios e memórias, capoeira angola, dança afro, yoga kemética, clube de leitura e percussão. O Coletivo Matriarcal Pan Africanista Yaa Asantewaa, que sedia a casa, lidera as ações, buscando criar um ambiente inclusivo para a troca de saberes e fortalecimento comunitário.
Um espaço de memória, resistência e celebração
Fundada em agosto de 2022, a Morada Jaraguá Okênozune foi idealizada para ser um refúgio cultural da comunidade preta e periférica do bairro. Com uma área verde repleta de árvores frutíferas, salas multiuso e um jardim encantador, o espaço é um ponto de encontro para a preservação ambiental e a valorização da história local.
O projeto surgiu a partir da aprovação na 6ª edição da Lei de Fomento à Cultura da Periferia e busca agora apoio da prefeitura, do governo e de iniciativas privadas para garantir sua continuidade.
De acordo com Suêrda Deboa, gestora cultural responsável pelo espaço, a Morada Jaraguá desempenha um papel fundamental no resgate da memória histórica da região, marcada pelas primeiras explorações de ouro no Brasil e pela escravização de povos indígenas e africanos.
“Nossa missão é valorizar a cultura negra e preservar os remanescentes das florestas atlânticas, rios e nascentes do Jaraguá. Queremos criar um espaço de pertencimento e memória, onde as pessoas possam acessar a cultura, a história e a natureza”, afirma Suêrda.