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Morada Jaraguá Okênozune abre inscrições para atividades culturais e oficinas em 2025

Espaço cultural no centro histórico do Jaraguá promove protagonismo negro, valorização da cultura afro e preservação ambiental
Imagem da Morada Jaraguá Okênozune, que está com inscrições abertas para atividades culturais e oficinas em suas dependências em 2025.

Imagem da Morada Jaraguá Okênozune, que está com inscrições abertas para atividades culturais e oficinas em suas dependências em 2025.

— Divulgação/Morada Jaraguá Okênozune

24 de janeiro de 2025

A Morada Jaraguá Okênozune, um dos principais espaços culturais do centro histórico do Jaraguá, na cidade de São Paulo,  está com inscrições abertas até 26 de janeiro para o Chamamento 2025. O objetivo é oferecer oficinas, workshops, ensaios e coworking e fortalecer o protagonismo negro na região com a promoção de atividades que resgatam e celebram as raízes culturais afro-brasileiras e africanas. 

As inscrições para o Chamamento 2025 podem ser feitas diretamente na Morada Jaraguá Okênozune. Mais informações podem ser consultadas nas redes sociais do espaço cultural.

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A programação deste ano inclui oficinas de blues (guitarra e violão), trilhas pelas águas do Jaraguá, teatro, caminhada histórica, rodas de conversa sobre territórios e memórias, capoeira angola, dança afro, yoga kemética, clube de leitura e percussão. O Coletivo Matriarcal Pan Africanista Yaa Asantewaa, que sedia a casa, lidera as ações, buscando criar um ambiente inclusivo para a troca de saberes e fortalecimento comunitário.

Um espaço de memória, resistência e celebração

Fundada em agosto de 2022, a Morada Jaraguá Okênozune foi idealizada para ser um refúgio cultural da comunidade preta e periférica do bairro. Com uma área verde repleta de árvores frutíferas, salas multiuso e um jardim encantador, o espaço é um ponto de encontro para a preservação ambiental e a valorização da história local.

O projeto surgiu a partir da aprovação na 6ª edição da Lei de Fomento à Cultura da Periferia e busca agora apoio da prefeitura, do governo e de iniciativas privadas para garantir sua continuidade.

De acordo com Suêrda Deboa, gestora cultural responsável pelo espaço, a Morada Jaraguá desempenha um papel fundamental no resgate da memória histórica da região, marcada pelas primeiras explorações de ouro no Brasil e pela escravização de povos indígenas e africanos.

“Nossa missão é valorizar a cultura negra e preservar os remanescentes das florestas atlânticas, rios e nascentes do Jaraguá. Queremos criar um espaço de pertencimento e memória, onde as pessoas possam acessar a cultura, a história e a natureza”, afirma Suêrda.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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