PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Projeto de formação para artistas negros tem últimos dias para inscrições

As qualificações tem como objetivo geral formar artistas em diálogo com as múltiplas tecnologias do teatro negro
Imagem mostra artistas que compõem o projeto Retomada Teatros Negros.

Imagem mostra artistas que compõem o projeto Retomada Teatros Negros.

— Divulgação

31 de maio de 2025

O projeto Retomada Teatros Negros recebe inscrições para as atividades de junho e julho até domingo (1). A iniciativa trata-se de um conjunto de ações formativas para  artistas negros do Rio de Janeiro, que tem como inspiração os estudos de Leda Maria Martins, após o momento de crise que o cenário artístico passou, principalmente depois da pandemia da Covid-19, entre 2020 e 2021. 

As qualificações tem como objetivo geral formar artistas em diálogo com as múltiplas tecnologias do teatro negro, oferecendo uma formação atravessada por práticas corporais, vocais, teóricas e de gestão artística e financeira baseadas nas epistemologias afro-diaspóricas.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Ao todo, serão 92 horas de formação, com aulas às terças, quartas e quintas-feiras, das 9h às 13h15, contando com palestras e mesas de conversas. Dentro da grade curricular da ação formativa o artista vai encontrar disciplinas como Teatralidades, Treinamento do Ator – fisicalidade, voz, canto -, História dos Teatros Negros e Teatros Negros Contemporaneos, Gestão de Carreira, Gestão de Projetos e Direção de Arte. 

O projeto é uma parceria com a Firjan SESI e também promove um encontro necessário entre gerações e une pensadoras e mestres como Leda Maria Martins, Carmen Luz e Aza Njeri a artistas de grande relevância na cena atual, como Sol Miranda, Drayson Menezes e Reinaldo Junior, estabelecendo uma encruzilhada fértil de trocas, entre o passado, o presente e o que ainda será construído.

Para realizar as aulas, o projeto contará com um corpo docente renomado nacional e internacionalmente, formado por Aza Njeri, Carmen Luz, Eliane Dias,  Fábio Batista, Gaby Chaves, Gustavo Melo, Hilton Cobra, Leda Maria Martins, Rafa Correya, Rubens Oliveira (Gumboot Dance Brasil), Sidney Santiago Kuanza e Valéria Monã. 

Para Julia Costa, co-realizadora do projeto, a ideia nasce de um reencontro, reunindo artistas que marcaram a cena dos teatros negros nos últimos anos para pensar, juntos, com os que estão vindo agora.

 “É como um encontro de família no quintal, onde se compartilha experiência, escuta, memória e afeto. E é muito significativo que uma instituição como o Sesi esteja fomentando essa formação — porque é também sobre reconhecer, fortalecer e dar continuidade a essas trajetórias que movem a cultura brasileira”, afirma. 

Segundo a organização, Retomada é um espaço que oferece instrumentos práticos para os artistas aprenderem a escrever, inscrever e defender seus projetos; gerenciar suas carreiras com autonomia; posicionar-se no mercado com precisão, estratégia e dignidade; e, principalmente, reconectar artistas e pensamentos negros em uma rede sólida e afetiva de trabalho. 

“Cada encontro gera uma dinâmica única, onde memórias, práticas e experimentações se entrelaçam para criar conhecimento vivo, situado e comprometido com outras formas de existência e criação. Essa proposta reconhece os provocadores não como especialistas distantes, mas como presenças essenciais para a construção de um projeto verdadeiramente coletivo, transformador e enraizado na potência do teatro negro”, diz Hilton Cobra, supervisor do Retomada.

Desta forma, o projeto Retomada Teatros Negros visa formar artistas comprometidos com as estéticas negras e suas tecnologias, com ampliação do repertório criativo e técnico de jovens artistas, fortalecimento da cena negra contemporânea, criação de uma rede de trocas e continuidade entre gerações de artistas negros. 

“Essa é uma formação que não termina na sala de aula, mas que se estende para o mercado e para a cena artística, com ferramentas para pensar, criar e agir de maneira sustentável e crítica”, finaliza a atriz e diretora Sol Miranda.

Serviço

Inscrições gratuitas: até 1 de junho pelo formulário on-line 

Divulgação dos selecionados: até 4 de junho

Aulas: de 10 de junho a 31 de julho de 2025 | Terças, quartas e quintas-feiras, de 9h às 13h15

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • A Alma Preta é uma agência de notícias e comunicação especializada na temática étnico-racial no Brasil.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano