O segundo dia do festival Lollapalooza Brasil 2022 também é marcado por moda e estilo, principalmente encontrados nos looks do público negro do evento. A juventude preta, ansiosa para ver seus ídolos nos palcos, investiu em roupas estilosas, na intenção de refletir o que eles pensam de si mesmos. É o que destaca Vinicius Barroso, um dos tantos jovens negros que estão presentes neste sábado (26) no Autódromo de Interlagos (SP).
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“Meu look traz um pouco de mim. Eu, como um homem preto, tento trazer a representatividade em tudo na minha vida. E em um look não seria diferente. Os búzios, e tudo que estou carregando aqui, têm um pouco da minha história. Acho que a gente pode levar isso para vários lugares, até mesmo para festivais de música como o Lolla”, comenta.
A escolha do look também é uma forma de identificação com os artistas que irão compor as atrações deste segundo dia de festival. Lohan Marcelino, fã do rapper Emicida, investiu em um estilo mais hip hop para assistir ao show do ídolo, que acontece na noite de hoje, no Palco Budweiser.
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“Estou pela primeira vez no Lollapalooza Brasil, sou do Rio de Janeiro, e a escolha do meu look é bem baseado na cultura street. Sou fã do Emicida, então vim carregado em um look mais solto, inspirado nele mesmo, meio paulista”, brinca Lohan.
Inspirações
Bee Ribeiro conta à reportagem do Alma Preta Jornalismo que se inspira muito na cantora Beyoncé para compor os seus looks. Ela relembra que a diva norte-americana e ela engravidaram na mesma época, fato que fez com que Bee se inspirasse no ensaio fotográfico de gestante de Beyoncé.
“Fiz o ensaio igual o dela [Beyoncé]. Uso muito as coisas da marca dela. O que eu não posso comprar, tento adaptar”, diz.
A baiana ainda relata ainda que viaja frequentemente para Salvador (BA) para olhar o que é tendência de moda por lá, que possa se adequar ao seu guarda-roupa. Influências de Nova Iorque e do continente africano também fazem parte do seu estilo pessoal, segundo ela.
O que música tem a ver com moda?
“Música e moda tem, sim, sincronicidade, até porque na hora que vier uma música com uma batida, se você não estiver com o look adequado para o seu corpo ir junto, essa roupa não valeu”, é o que comenta Elaine Mascarenhas, mulher negra que está aproveitando mais um dia de festival.
A jovem ainda diz que na hora de montar as combinações de roupa é necessário ter autenticidade e criatividade. De maneira descontraída, ela explica o processo de escolha das peças para vir ao Lolla.
“Chego em casa, misturo tendências do ano passado com as deste ano, vou vendo o que encaixa. Pego uma peça de uma amiga, amarro um ‘negócio’ e dá tudo certo. Fica uma mistura. Com meu look de hoje, queria representar no Lollapalooza leveza, conforto e energia para cima”, finaliza.
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