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Quarto de Despejo vai ganhar versão em quadrinhos criada por ilustradoras negras

O lançamento celebra a passagem do aniversário de 110 anos da autora
Na foto, a escritora Carolina Maria de Jesus sorri em registro feito em novembro de 1960.

Foto: Instituto Moreira Salles

5 de março de 2024

O livro “Quarto de Despejo”, obra baseada nas memórias da escritora e ex-catadora de papel, Carolina Maria de Jesus, será adaptado para uma nova versão em quadrinhos por ilustradoras negras. O lançamento, previsto para este ano, celebra o aniversário da autora, que completaria 110 anos em 14 de março.

A ideia do projeto surgiu nos bastidores da SOMOS Educação, em 2020. O grupo, do qual a editora Ática faz parte, foi responsável pela publicação do livro no Brasil. Naquele ano, uma edição comemorativa dos 60 anos de “Quarto de Despejo” foi lançada junto a uma adaptação para o teatro. 

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Com 90 páginas ilustradas, a nova versão da obra foi realizada em sete meses por quatro artistas negras: a roteirista Triscila Oliveira, a ilustradora Vanessa Ferreira e as arte-finalistas Hely de Brito e Emanuelly Araujo. 

A adaptação em quadrinhos visa promover a leitura entre os adolescentes, já que a obra é comumente lida por alunos do ensino médio. Por meio da versão em HQ, um público ainda mais jovem terá a oportunidade de conhecer o trabalho de Carolina de Jesus, que se tornou uma referência na literatura brasileira.

O livro já está disponível para venda on-line e em algumas livrarias. As datas dos eventos de lançamento, no entanto, ainda não foram definidas, mas devem ocorrer nos próximos meses.

“Quarto de Despejo” reproduz o diário em que Carolina de Jesus narra seu dia a dia em uma comunidade pobre da cidade de São Paulo, onde vivia com seus filhos. Desde o lançamento, em 1960, a obra já foi traduzida para mais de 13 idiomas.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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