A Prefeitura do Rio de Janeiro e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) lançaram um concurso para selecionar projetos arquitetônicos para o novo Centro Cultural Rio-África. O museu será instalado no antigo prédio da maternidade Pró-Matre, na região da Pequena África, próximo ao histórico Cais do Valongo, na Zona Portuária da cidade.
Serão distribuídos R$ 105 mil aos três primeiros colocados, e o vencedor será contratado para desenvolver o projeto, estimado em cerca de R$ 30 milhões. O concurso é exclusivo para arquitetos negros brasileiros e africanos de língua oficial portuguesa, membros do Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (CIALP), incluindo profissionais de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
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O Cais do Valongo, ponto de chegada de mais de 1 milhão de pessoas escravizadas, abrigará o novo Centro Cultural, que tem como objetivo divulgar o conhecimento histórico, personagens e desenvolvimento urbano da região. Além disso, o espaço promoverá a arte contemporânea afro-brasileira e afro diaspórica.
“Vamos pegar essa maternidade e fazer um museu, o espaço da memória africana aqui no Rio de Janeiro. Aquele museu que tem em Washington, vamos fazer o daqui mais bonito, raiz, muito melhor. Isso aqui é Brasil”, declarou o prefeito Eduardo Paes durante o anúncio do concurso. Ele enfatizou a importância de expor as desigualdades e feridas históricas do Brasil para promover a correção de injustiças.
O concurso será dividido em quatro fases, começando com a pré-produção em junho. As inscrições estarão abertas até 30 de agosto, com envio das propostas até 30 de setembro.Os projetos devem considerar várias linhas de pesquisa e formação de acervo para o Centro Cultural Rio-África, incluindo Memória, História e Cultura dos que passaram e viveram na região; Arte afro-brasileira; Presença cultural afro-brasileira nas manifestações culturais; e Território, destacando as transformações espaciais da zona portuária.