Para encerrar o ciclo de desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, mais seis escolas passam pela Marquês de Sapucaí na noite desta segunda-feira (12). A apuração que vai definir a grande campeã do Carnaval 2024 acontece na quarta-feira (13). Confira a ordem das agremiações que ainda vão à avenida.
Às 22h, a Mocidade Independente de Padre Miguel abre os portões da Sapucaí para o último dia de desfiles. Com o samba enredo “Pede caju que dou… Pé de caju que dá!”, a escola vai apresentar o caju, uma das frutas nativas do Brasil, desde o uso nas tradições populares, lendas e curiosidades, até se tornar um ícone da tropicalidade.
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A Portela será a segunda escola de samba a entrar na avenida. Com o enredo inspirado no romance “Um Defeito de Cor”, escrito por Ana Maria Gonçalves, a escola aborda a ancestralidade e o afeto. Narrado pela perspectiva de Luiz Gama, um advogado, escritor e abolicionista brasileiro, o desfile ainda contará com a presença do ator Lázaro Ramos e do ministro Silvio de Almeida.
Em seguida, com previsão de entrada na Sapucaí às 00h, a Unidos de Vila Isabel traz a reedição de “Gbalá! Uma viagem ao Templo da Criação”. “Gbalá” é uma obra que narra histórias yorubá. A escola vai recriar a mensagem do enredo de 1993 e mostrar o mal que o ser humano pode fazer à Terra e como as crianças podem contribuir para a criação de um mundo melhor.
A Estação Primeira de Mangueira será a quarta escola a desfilar. Com o enredo “A negra voz do amanhã”, a escola homenageia Alcione, que completa 50 anos de carreira. Como mulher negra, a cantora enfrentou desafios, racismo e machismo para se tornar um ícone feminino e defensora da pluralidade religiosa.
Já no na madrugada, a Paraíso do Tuiuti vai apresentar toda a história de João Cândido, um marinheiro brasileiro, filho de pais escravizados. O enredo “Glória ao Almirante Negro!”, conta a infância, a ascensão de João Cândido na marinha e os desdobramentos de uma traição. O marinheiro foi líder na Revolta da Chibata em 1910, que protestava contra os castigos corporais e as péssimas condições de trabalho na marinha brasileira.
Para fechar a última noite de desfiles, a vice campeã do carnaval de 2023, Unidos do Viradouro vai explorar o culto ao vodun serpente e a trajetória das guerreiras Mino, do reino de Daomé. “Arroboboi, Dangbé” é o samba que encerra o Carnaval do Rio de Janeiro.