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‘Vozes abolicionistas’: audiolivro reúne obras de Nísia Floresta, Luiz Gama e Castro Alves

Os escritos retratam a vivência de pessoas pobres, negras e indígenas durante o período colonial no Brasil
Imagem mostra busto de Luiz Gama, em homenagem em uma praça pública.

Foto: Reprodução

27 de dezembro de 2023

Produzida em formato de audiolivro pela Tocalivros em uma edição inédita, a obra “Vozes abolicionistas” reúne documentos e poemas dos ativistas Nísia Floresta, Luiz Gama e Castro Alves. 

A seleção dos documentos, incluindo uma correspondência entre José de Alencar e Machado de Assis elogiando Castro Alves, está alinhada com as primeiras iniciativas da literatura brasileira em abordar os horrores do sistema escravocrata adotado no Brasil.

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Com prefácio de cada autor, o audiolivro conta com a seleção das principais obras antiescravagistas desses três autores do romantismo brasileiro do século XIX. Desde “Lágrimas de um Caeté” (1849), de Nísia Floresta, “Primeiras Trovas Burlescas de Getulino” (1859), de Luiz Gama, até “Os Escravos” (1883), de Castro Alves, entre outros. 

“Primeiras Trovas Burlescas de Getulino”, por exemplo, é o único livro de poemas do poeta negro que viveu na escravidão no Brasil Imperial. Nele, Luiz Gama expressa sua revolta de maneira satírica e sua visão utópica da sociedade de forma lírica. 

É importante destacar que os poemas de Gama foram escritos três décadas antes da abolição da escravatura. Eles celebram a beleza e o orgulho negro, ao mesmo tempo que expõem o racismo ainda presente na vida da população negra.

Além dos escritos, “Vozes Abolicionistas” oferece um recorte de período que traça um perfil contundente dos escritores que atuaram pelo fim da escravidão e contra mazelas sociais. Os escritos também retratam a miséria e o sofrimento vivenciado por pessoas pobres, negras e indígenas durante o período colonial e expressam suas indignações com as heranças do colonialismo português por meio de uma literatura combativa.

Com a opção de escolha dos narradores e ambientações sonoras, a obra possui, no total, cinco horas de duração e busca interpretar com realismo os momentos de cada texto.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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