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Crise no Haiti: protestos em massa exigem renúncia de primeiro-ministro

Após o assassinato do então presidente haitiano, Jovenel Moïse, o atual primeiro-ministro deveria ter organizado eleições para entregar o poder nesta quarta-feira (7)
Pessoas no Haiti comemoram a chegada da Brigada de Segurança de Áreas Protegidas (BSAP) da agência paramilitar e ambiental durante uma manifestação pedindo a saída do primeiro-ministro haitiano Ariel Henry em Porto Príncipe em 6 de fevereiro de 2024.

Foto: Richard Pierrin/AFP

9 de fevereiro de 2024

O Haiti enfrenta dias de protestos, com milhares de manifestantes exigindo a renúncia do primeiro-ministro, Ariel Henry, que deveria ter deixado o cargo nesta quarta-feira (7), de acordo com um acordo político assinado em 2022.

As manifestações começaram no início da semana na capital, Porto Príncipe, e se espalharam por todo o país, refletindo a insatisfação popular com o atual governo.

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Conforme estabelecido em um acordo firmado em dezembro de 2022, após o assassinato do então presidente haitiano, Jovenel Moïse, o primeiro-ministro deveria ter organizado eleições para entregar o poder em 7 de fevereiro de 2024. No entanto, desde 2016, o Haiti não realiza eleições.

A situação se agrava com a grave crise política, de segurança e humanitária enfrentada pelo país, com grupos armados controlando vastas áreas. Os homicídios mais que dobraram em 2023, agravando ainda mais a instabilidade.

“O país está refém dos grupos. Não podemos comer. Não podemos mandar nossos filhos para a escola. Não aguentamos mais”, disse à Agence France-Presse um manifestante desempregado, de 40 anos, que não quis ser identificado.

Os confrontos entre manifestantes e a polícia resultaram em duas mortes até o momento, enquanto as principais estradas e escolas permanecem fechadas desde segunda-feira (5) devido aos protestos.

Diante do cenário tenso, a vizinha República Dominicana declarou estado de alerta e reforçou a segurança em sua fronteira.

Na quarta-feira (7), cinco funcionários de uma agência de proteção ambiental perderam a vida em confrontos com a polícia perto da capital haitiana. Eles se recusaram a entregar suas armas e abriram fogo contra as autoridades, resultando em fatalidades e detenções.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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