A dificuldade de acesso à água potável nas comunidades periféricas do Recife foi o tema central de uma reunião plenária da Câmara Municipal, realizada na manhã da terça-feira (22). O vereador Marco Aurélio Filho (PV) usou a tribuna para criticar a situação, sendo apoiado por outros vereadores, como Cida Pedrosa (PCdoB), Amaro Cipriano Maguari (PP) e Almir Fernando (PSB).
“Não dá para ficarmos omissos diante da injustiça e da forma criminosa como o Governo do Estado, através da Compesa, vem tratando a população do Recife”, declarou Marco Aurélio Filho.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
Ele ressaltou que a falta de água potável é uma realidade constante nas residências das comunidades mais vulneráveis, enquanto o Governo do Estado tem anunciado investimentos em abastecimento para municípios do interior. “Quero saber como fica o Recife? Não somos melhores do que ninguém, mas o tratamento que a Compesa vem dando aos recifenses não está sendo equânime”, afirmou.
Marco Aurélio lembrou que a ONU definiu em 2010 que o acesso à água limpa e segura é um direito humano, e questionou se essa diretriz está sendo respeitada em Pernambuco.
A vereadora Cida Pedrosa também reforçou a preocupação, destacando que “há várias comunidades do Recife onde sequer chega água nas torneiras”. Ela citou a Vila Cardeal, no bairro de Areias, Zona Sul, onde os moradores frequentemente a contatam para relatar a falta de água em suas casas.
Por outro lado, o vereador Amaro Cipriano Maguari defendeu a atuação do governo e mencionou uma recente solenidade em que a governadora assinou ordens de serviço para o programa Águas de Pernambuco. Ele afirmou que “ela tem R$ 6 bilhões para gastar em obras de abastecimento no Estado”.
O vereador Almir Fernando chamou a atenção para a situação das comunidades de Alto José Bonifácio, Morro da Conceição e Alto José do Pinho, todas na Zona Norte, onde a água é fornecida apenas por carros-pipa. Ele lamentou que, apesar das promessas de obras por parte do governo do estado, a falta de água persiste.