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Crianças negras e indígenas têm menos acesso à água potável do que as brancas

Análise da Unicef mostra que maioria das crianças e adolescentes sem acesso à água potável são indígenas e negras
Na imagem há torneiras ligadas com água corrente.

Foto: Reprodução / Pixabey

22 de março de 2024

Em 2022, 25% das crianças sem acesso adequado à água potável no Brasil eram indígenas. As crianças negras representam 4,7% do total de 2,1 milhões. É o que revelam dados divulgados pela Unicef na quinta-feira (21), baseados no Censo Demográfico de 2022 do Instituto Demográfico de Geografia e Estatística (IBGE). 

O percentual indica que o número de crianças e adolescentes indígenas sem água potável é 11 vezes maior que o índice de brancos (2,2%). Já entre os negros, a diferença é duas vezes maior. 

A Unicef também analisou dados do Censo Escolar 2023, que aponta para 7,5 mil escolas públicas sem o acesso adequado à água potável, atingindo 1,2 milhão de estudantes. De acordo com as informações, ainda há 224 mil meninos e meninas em escolas onde o acesso é inexistente.

Rodrigo Resende, oficial de Água, Saneamento e Higiene do Unicef no Brasil, explica que o acesso seguro à água potável é um direito indispensável para a manutenção da qualidade de vida, e o classifica como essencial para redução da pobreza.

“A privação desse direito afeta diretamente o bem-estar e o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes, comprometendo também a efetivação de outros direitos, como alimentação adequada, saúde e educação”, comenta Resende, em nota.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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