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Kamala Harris reitera apoio a Israel, mas pede cessar-fogo em Gaza

Vice-presidente dos EUA condenou violência em Gaza, mas se contradiz por defender direito de defesa de Israel
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, fala com a imprensa após uma reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em Washington (DC), em 25 de julho de 2024.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, fala com a imprensa após uma reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em Washington (DC), em 25 de julho de 2024.

— Roberto Schmidt/AFP

26 de julho de 2024

Nesta quinta-feira (25), a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, reafirmou seu apoio ao direito de Israel de se defender de ataques, incluindo os do Irã e de milícias apoiadas pelo país como o Hamas e o Hezbollah. A declaração foi feita após reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Washington.

Harris, que lançou sua candidatura à Casa Branca após a desistência do presidente Joe Biden da corrida eleitoral, deixou claro que não seguirá a estratégia do ex-candidato à presidência dos Estados Unidos, que consistia em exercer pressão sobre Israel nos bastidores.

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Harris condenou o que chamou de “genocídio” na Faixa de Gaza, onde, segundo o Ministério da Saúde local, cerca de 40 mil palestinos morreram desde outubro do ano passado devido aos bombardeios israelenses. A vice-presidente expressou sua preocupação com o sofrimento dos civis e criticou a falta de ação frente às tragédias humanitárias na região.

“Não podemos desviar o olhar dessas tragédias. Não podemos nos permitir ficar insensíveis ao sofrimento e não vou me calar”, declarou Harris, que também enfatizou a necessidade de um Estado palestino e pediu um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

A postura de Harris gerou críticas da extrema-direita israelense. Nesta sexta-feira (26), políticos de extrema-direita do governo israelense criticaram o posicionamento de Kamala Harris em relação ao cessar-fogo com o grupo palestino Hamas. O ministro da Segurança, Itamar Ben-Gvir, descartou qualquer possibilidade de trégua no conflito e dirigiu-se diretamente a Harris, referindo-se à sua postura como uma tentativa de “rendição” ao líder do Hamas, Yahya Sinwar.

O ministro da Economia, Bezalel Smotrich, também condenou a insistência de Harris no cessar-fogo, considerando-a uma “armadilha”. “Kamala Harris revelou ao mundo inteiro o que venho dizendo há semanas, o que realmente está por trás do acordo. Rendendo-se a Sinwar, terminando a guerra de uma forma que permitiria ao Hamas reabilitar e libertar a maioria dos sequestrados no cativeiro do Hamas. Não caia nesta armadilha!”, afirmou em suas redes sociais.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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