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Mulheres negras ocupam apenas 4% dos cargos em secretarias estaduais

As regiões Norte e Nordeste do país possuem as maiores taxas de pessoas pretas e pardas no secretariado
Imagem mostra duas mulheres negras observando atentamente um interlocutor enquanto há outras mulheres em volta.

Foto: SEMASC

21 de dezembro de 2023

Apenas 10,5% dos secretários e secretárias dos governos estaduais no Brasil são pessoas pretas e pardas. As mulheres ocupam apenas 29,7% desses cargos de alta liderança, e as pretas e pardas ocupam apenas 4% do secretariado. A informação, divulgada nesta quarta-feira (20), é do estudo inédito realizado pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ação Afirmativa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Gemaa/Uerj).

Ao analisar as diferentes regiões do país, a pesquisa observou que apenas o Nordeste supera a média nacional (29,7%) no percentual de secretárias de estado, atingindo 37,2%. Além disso, quase metade das mulheres (47,1%) mapeadas em cargos de secretária estadual se encontram na região.

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A região Nordeste (13,5%), e a região Norte (13,7%), são as únicas que ultrapassam a média nacional (10,5%) em relação ao percentual de pretos e pardos no secretariado, sendo que 81,7% de todos os secretários estaduais pretos e pardos se encontram nessas regiões.

De acordo com o estudo, mais da metade dos secretários pretos e pardos (51,6%) lideram áreas sociais, como assistência social, cultura e esportes. A maioria das secretárias (53,5%) também atua no setor social, enquanto os homens estão mais dispersos entre os setores social (25,3%), infraestrutura (23,3%), econômico (24,1%) e central (27,1%).

Para conduzir o estudo, foram identificados e categorizados 572 secretários e secretárias estaduais em todas as 27 unidades da federação. As pastas foram classificadas com base em sua área de atuação, incluindo social, econômica, infraestrutura ou órgãos centrais.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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