Após um ano dos ataques aos três poderes em Brasília (DF), ocorridos em 8 de janeiro de 2023, o patrimônio público destruído ainda não foi recuperado totalmente. Além dos prejuízos financeiros, artigos importantes do acervo que existia na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes foram perdidos.
Teto, vidraças e paredes foram as partes mais atingidas por invasores que depredaram o conjunto arquitetônico dos três principais palácios da República, que são tombados como patrimônio mundial. Obras de arte que faziam parte do acervo terão um longo processo de restauração.
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Uma das cenas mais emblemáticas e reproduzidas dos ataques mostram o momento em que um dos invasores, identificado como Antônio Cláudio Alves Ferreira, derruba um relógio do século 17, que ficava dentro do Palácio do Planalto.
A peça foi um presente da corte francesa ao imperador Dom João VI, em 1808, e vai passar por um processo de revitalização. Segundo acordo com a Suíça, formalizado pela embaixada, ainda não é possível estimar o custo da reparação.
O Supremo Tribunal Federal (STF) registrou o furto, quebra e destruição completa de quase 1 mil itens. Cerca de 20 obras devem passar por um processo de restauração em um laboratório montado no Palácio da Alvorada, fruto de um acordo entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Os prejuízos materiais já passam de R$ 12 milhões, só no Senado, a recuperação dos itens musealizados somou mais de R$ 483 mil e ainda há peças em restauração. No Congresso Nacional, cerca de 82% das obras depredadas na Câmara dos Deputados passam por tratamento, mas parte delas não voltam a ser expostas.
Até o momento, o STF informou que 116 itens foram restaurados: 22 esculturas ( entre bustos, estatuetas, Crucifixo do Plenário e Estátua “A Justiça”); 21 telas e tapeçarias; 4 galerias de retratos (galeria de ministros, de presidentes, de diretores-gerais e secretários-gerais); 19 objetos (lustres, Brasão da República, vasos); 50 itens de mobiliário (cadeiras, mesas, móvel expositor da Constituição, etc.).