Vitor Tadeu Ferreira e Suelen Crisitiane Facin Ferreira entraram na escola municipal Profa. Maria Inês Vieira Machado, em Ribeirão Preto (SP), para cobrar as professoras da unidade do porquê não ter recebido lembrança de dia dos pais. O caso ocorreu na quarta-feira (16), por volta das 13h.
O diretor da escola relatou para a Polícia Civil que Vitor Tadeu Ferreira chegou alterado dentro das instalações escolares e perguntou para duas professoras qual a concepção de família delas e dos motivos de passarem trabalhos para a filha com assuntos como “mulher e sociedade” e “mulher, trabalho e lazer”. Vitor acusou as professoras de repassar conteúdo doutrinário para a filha.
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Na sequência, ele sacou uma arma e disse para as professoras que “se elas não estavam ensinando nada errado, não era pra ter medo”. O casal então questionou de onde as orientações para as disciplinas foram retiradas e as professoras sinalizaram que eram orientações dos livros aprovados pelo Ministério da Educação (MEC), da gestão federal passada, do governo de Jair Bolsonaro. Neste momento, o casal se retirou da escola e anunciou que retornaria para a unidade no dia seguinte.
O caso foi registrado pela delegacia eletrônica e está sob a responsabilidade do delegado José Augusto de Almeida e pelo escrivão Marcelino Pires Degrande.
Questionada sobre as investigações e as medidas tomadas para frear a entrada de armas no ambiente escolar, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou que “O 2° Distrito Policial de Ribeirão Preto, área dos fatos, investiga o caso mencionado. A autoridade policial realiza todas as diligências cabíveis para esclarecer todas as circunstâncias do ocorrido”.
A pasta ainda afirmou que “mantém há mais de 25 anos um policiamento dedicado exclusivamente às escolas, sejam elas municipais, estaduais ou privadas. Atualmente, 600 policiais militares atuam no Programa Escolar, selecionados com base em um perfil específico e treinados para lidar com o público escolar”.