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Insegurança alimentar no Brasil cai 30%; 13 milhões deixam de passar fome

Estudo realizado pelo Instituto Fome Zero (IFZ) ainda revelou que 20 milhões de pessoas deixaram de sofrer de insegurança alimentar moderada em 2023
A imagem mostra uma ação conjunta da Ação da Cidadania, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Internacional para o combate à insegurança alimentar em tempos de pandemia do novo coronavírus, em 2020.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

13 de março de 2024

Um estudo conduzido pelo Instituto Fome Zero (IFZ) revelou que 13 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil e 20 milhões de pessoas superaram a insegurança alimentar moderada ao longo do ano de 2023. Esses dados representam uma redução de 30% na insegurança alimentar total, que engloba os níveis grave e moderado, em todo o país.

Solicitado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o estudo avaliou o impacto do aumento do salário mínimo e dos repasses do Programa Bolsa Família sobre a população brasileira durante o primeiro ano do governo Lula. A análise comparou os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do primeiro trimestre de 2022 com os do último trimestre de 2023.

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Os resultados indicaram uma queda de 20 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar grave e/ou moderada, além de uma diminuição de oito milhões no número de pessoas vivenciando insegurança alimentar grave, em um ano de governo.

José Graziano, diretor-geral do IFZ, enfatizou em nota ministerial os avanços alcançados: “Saímos de 33 milhões de pessoas no Mapa da Fome em 2022 para 20 milhões em 2023. Embora ainda haja um longo caminho pela frente, o sucesso das medidas de aumento do valor do salário mínimo e dos repasses do programa Bolsa Família, aliado à redução da inflação dos alimentos, demonstra que estamos no caminho certo para retirar novamente o Brasil do Mapa da Fome”.

Para o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, a revitalização do Programa Bolsa Família foi crucial para esses resultados. “O Bolsa Família não é apenas uma transferência de renda, é uma política de vida”, destacou. “Com o novo Bolsa Família, ajustamos o modelo de transferência de renda de acordo com o tamanho e a composição da família. Isso significa que, onde há crianças, o valor per capita é maior. Como resultado, as pessoas estão conseguindo voltar a ter acesso a alimentos de qualidade“, acrescentou.

A estimativa realizada pelo IFZ, utilizando modelos matemáticos, visa preencher a lacuna de informações sobre os atuais níveis de insegurança alimentar e nutricional da população brasileira. O instituto prevê uma nova aferição específica por meio da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) pelo IBGE em escala nacional, durante uma de suas pesquisas regulares, prevista para ocorrer ainda no primeiro semestre deste ano.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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