Um estudo divulgado pelo Observatório de Violência e Socioeducação do Distrito Federal (Oves-DF) aponta que 90% dos adolescentes que ingressaram no sistema socioeducativo da capital do país são negros.
Os dados apresentados pelo Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus/DF) ressaltam o processo de criminalização da juventude negra no Brasil. A análise observou os jovens e adolescentes que ingressaram no sistema socioeducativo entre os anos de 2019 e 2022.
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Segundo a pesquisa, 94% são do gênero masculino, enquanto 95% têm renda familiar de até três salários mínimos. Do total, 48,79% moram com a mãe/madrasta e irmãos, e 59% não estão na escola (não matriculados, infrequentes ou evadidos).
Além disso, 40,99% dos jovens estavam na Educação de Jovens e Adultos (EJA), e 39,69% nos anos finais do ensino fundamental. Em relação à renda familiar, o relatório aponta que 73,14% estão em lares com ganho entre um e três salários mínimos, enquanto 22,06% são de famílias ainda mais vulneráveis, com renda de menos de um salário mínimo.
Intitulada “Violências Vivenciadas por Adolescentes em Espaços Educativos e na Socioeducação do Distrito Federal”, a pesquisa foi realizada por meio de análise de dados quantitativos, qualitativas, entrevistas aos adolescentes e oficinas para dar visibilidade às trajetórias dos adolescentes.
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