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Ministério Público vai acolher mulheres vítimas de violência no interior de SP

Iniciativa visa estruturar políticas públicas de defesa dos direitos das mulheres nas cidades participantes
Imagem em plano fechado mostra as mãos de duas mulheres entrelaçadas.

Foto: Freepik

10 de junho de 2024

Após um período de capacitação, o projeto “Não mexe comigo que eu não ando só – Regional Bauru”, idealizado pelo Ministério Público de São Paulo, será iniciado em 16 municípios do interior paulista para promover o acolhimento temporário de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

As cidades contempladas pela iniciativa são Itápolis, Marília, Garça, Pederneiras, São Manuel, Ibitinga, Pratânia, Areiópolis, Chavantes, Canitar, Iacanga, Lençóis Paulista, São Pedro do Turvo, Barra Bonita, Ourinhos e Igaraçu do Tietê.

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Após mapear os casos de violência doméstica e os equipamentos da rede de atendimento, o programa promoverá atividades voltadas ao compartilhamento de boas práticas e, conforme a necessidade, adotará medidas extrajudiciais e/ou judiciais de caráter regional para atender às demandas encontradas.

Em 2023, a cada 24 horas ao menos oito mulheres foram vítimas de violência, segundo um estudo realizado pela Rede de Observatórios da Segurança. Os dados referem-se a oito dos nove estados monitorados pela instituição (BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ, SP).

Ao todo, foram registradas 3.181 mulheres vítimas de violência, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022, quando Pará e Amazonas ainda não faziam parte deste monitoramento.

Além de garantir cuidado com a saúde mental e a proteção social da mulher, o projeto tem entre seus objetivos fortalecer a rede protetiva e estruturar políticas públicas de defesa dos direitos das mulheres nas cidades participantes.

Outros objetivos incluem viabilizar a fiscalização das medidas protetivas e incentivar medidas de desconstrução do machismo e da misoginia para transformar o comportamento do agressor e, desta forma, evitar reincidências.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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