O Coletivo AMEM, em parceria com Casa 1 e BATEKOO, realiza a 5ª edição da Parada Preta 2024. O evento, que celebra o orgulho da comunidade preta LGBTQIAPN+, terá seu encerramento no dia 30 de junho, a partir das 13h, com o trio da Parada Preta desfilando pela região da República, em São Paulo. O percurso incluirá a Praça da República, Avenida São Luiz e o Teatro Municipal, culminando em um palco montado no Largo do Paissandu, ao lado da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
A parada contará com a presença de artistas renomados como Bixarte, Sodomita, Urias, Erica Malunguinho, e representantes da Cultura Ballroom, entre outros ícones da comunidade negra LGBTQIAPN+. A Alma Preta Jornalismo estará presente para cobertura dos melhores momentos da celebração.
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A Parada Preta 2024 destaca-se como uma plataforma de entretenimento, cultura e educação para a comunidade negra e LGBTQIAPN+ no Brasil. Desde o dia 23 de junho, a Parada Preta promoveu uma série de atividades envolvendo arte, cultura, formação, articulação e celebração, todas focadas no fortalecimento das comunidades negras LGBTQIAPN+ e na discussão de políticas, cuidados, saúde e direitos humanos.
No primeiro dia, a Parada Preta apresentou a Feira de Pequenos Produtores, um espaço dedicado a expositores independentes que vendem desde alimentos a artes visuais, roupas, zines e livros. A programação também incluiu a Roda de Samba da AMEM, com o ator, cantor e compositor Gê de Lima, conhecido por seu álbum “Minha Conduta” e por singles que abordam temáticas negras e LGBTQIAPN+.
Maioria das vítimas de violência LGBTQIAPN+ são negras
Enquanto a Parada Preta celebra a cultura e resistência negra LGTBQIAPN+, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) apresentou, na quarta-feira (26), o levantamento “Violência LGBTfóbia na Cidade de São Paulo: limites ao direito à cidade da população LGBTQIAPN+”.
Segundo o estudo, houve um crescimento de 970% nos episódios de violência contra pessoas LGBTQIAPN+ no último ano. Entre as 3.868 pessoas vítimas de agressões físicas contra homossexuais e transsexuais, 55% são pessoas negras. Nas ocorrências de agressões causadas por policiais, jovens negros representaram 79% das ocorrências.
O deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL), que coordenou o debate na Alesp, alertou para a falta de conscientização do poder público e as medidas que devem ser tomadas. “Estamos cobrando dos outros órgãos ações efetivas como, por exemplo, um Plano de Segurança Pública antidiscriminatória que proteja os grupos mais vulneráveis”, declarou o parlamentar, conforme nota da Alesp.
Serviço
Encerramento da 5ª edição da Parada Preta 2024
Quando: domingo, 30 de junho
Horário: a partir das 13h
Onde: concentração na Praça da República, em São Paulo