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Campeã no judô, Beatriz Souza é filha de ex-atleta e ganhou primeira medalha aos 7 anos

Com campanha perfeita, brasileira venceu israelense Raz Hershko e encerrou jejum de oito anos do judô brasileiro nos Jogos Olímpicos
A judoca Beatriz Souza recebe a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, primeiro ouro do Brasil nesta edição da competição.

Foto: A judoca Beatriz Souza recebe a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, primeiro ouro do Brasil nesta edição da competição. (Alexandre Loureiro/COB)

2 de agosto de 2024

O Brasil comemorou sua primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 graças à performance de Beatriz Souza no judô. Nesta sexta-feira (2), a brasileira venceu a israelense Raz Hershko, vice-líder do ranking mundial, conquistando o título Olímpico na categoria feminina +78kg.

Beatriz teve uma campanha impecável nos Jogos, eliminando a francesa Romane Dicko, líder do ranking mundial, em sua própria casa, antes de garantir a vitória com um waza-ari contra Hershko. Os bronzes foram conquistados por Kim Hayun, da República da Coreia, e pela própria Romane Dicko.

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Este é o primeiro ouro Olímpico do judô brasileiro desde a vitória de Rafaela Silva no Rio 2016 e a terceira medalha da modalidade na capital francesa, após a prata de Willian Lima e o bronze de Larissa Pimenta.

Quinta colocada do ranking mundial, Beatriz Souza foi uma das cabeças de chave e venceu seus quatro combates sem sofrer qualquer pontuação, enfrentando a quarta colocada, a vice-líder e a líder do ranking mundial.

“É inexplicável. É uma das melhores coisas do mundo. Eu consegui. Deu certo, mãe. Eu consegui. Eu consegui. Foi pela avó. É para a avó, mãe. Eu amo vocês mais do que tudo. Eu amo vocês. Obrigada”, declarou Beatriz Souza, emocionada, em sua primeira entrevista após a vitória.

Beatriz ganhou primeira medalha aos sete anos

Beatriz Souza nasceu em 20 de maio de 1998 na cidade de Itariri, no interior de São Paulo. A atleta é a filha caçula de um ex-judoca, Poseidonio José de Souza Neto. Começou a praticar judô ainda criança, inspirada pelo pai, e conquistou sua primeira medalha aos sete anos pela Associação Budokan de Peruíbe.

Além dos desafios profissionais, Bia enfrentou a dor da perda de sua avó em junho deste ano, durante a preparação para os Jogos de Paris. A vitória e a medalha de ouro foram dedicadas à sua avó, uma grande incentivadora da atleta.

O judô também foi essencial para o desenvolvimento da autoconfiança de Bia, que quando criança se sentia desconfortável com seu corpo. Essa jornada de aceitação pessoal a inspirou a criar uma marca de roupas plus size, depois de compartilhar com sua cunhada a insatisfação com as opções de roupas disponíveis.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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