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‘Conquista gigantesca’: Ana Patrícia destaca papel feminino e negro nas Olimpíadas de Paris

Brasil teve destaque de mulheres negras nas conquistas das medalhas de ouro; a Alma Preta participou de coletiva de imprensa com a dupla campeã olímpica do vôlei de praia na França, Duda e Ana Patrícia
As campeãs olímpicas do vôlei de praia Duda e Ana Patrícia, Paris, 11 de agosto de 2024

Foto: Solon Neto/Alma Preta

11 de agosto de 2024

Paris – O Brasil encerrou sua participação nas Olimpíadas de Paris com três medalhas de ouro conquistadas por quatro mulheres, sendo três delas negras. Além de Beatriz Souza, no judô, e Rebeca Andrade, na ginástica artística, também chegaram ao topo do pódio as brasileiras Duda e Ana Patrícia, dupla campeã olímpica no vôlei de praia.

Em coletiva de imprensa concedida neste domingo (11), as atletas falaram sobre a conquista do ouro olímpico, a preparação para os Jogos e também o protagonismo das mulheres nas conquistas brasileiras.

A Alma Preta participou da conversa das jogadoras com jornalistas em Paris, poucas horas antes da cerimônia de encerramento dos Jogos, na qual a dupla Duda e Ana Patrícia foi porta-bandeira do Brasil.

  • As campeãs olímpicas do vôlei de praia Duda e Ana Patrícia, Paris, 11 de agosto de 2024
  • A jogadora de vôlei de praia Duda, campeã olímpica em Paris ao lado de Ana Patrícia, Paris, 11 de agosto de 2024
  • As campeãs olímpicas do vôlei de praia Duda e Ana Patrícia, Paris, 11 de agosto de 2024

Espaço para mostrar lutas e conquistas

Questionada pela Alma Preta sobre o protagonismo em um momento de destaque feminino no esporte olímpico brasileiro, Ana Patrícia ressaltou a importância do espaço durante as Olimpíadas de Paris.

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“É uma honra porque a gente sabe das dificuldades. Ser mulher já é um desafio, ser uma mulher negra a gente sabe que fica ainda mais difícil. Acho que aqui é um espaço gigantesco para falarmos das nossas lutas, mas também para a gente mostrar as nossas conquistas. Porque a gente sabe de todas as batalhas que a gente já travou, trava e ainda vai travar”, disse a medalhista de ouro.

A jogadora de vôlei de praia Ana Patrícia, medalhista de ouro nas Olimpíadas, durante coletiva de imprensa, Paris, 11 de agosto de 2024
A jogadora de vôlei de praia Ana Patrícia, medalhista de ouro nas Olimpíadas, durante coletiva de imprensa, Paris, 11 de agosto de 2024 (Solon Neto/Alma Preta)

Ao lado de Duda, a atleta lembrou a importância de ter mulheres em destaque nesse espaço.

“Que bom que a gente está podendo também vir aqui e comemorar essa conquista gigantesca que tem sido a representatividade das mulheres e das mulheres negras nessa Olimpíada”.

Dupla vitoriosa e ouro histórico

Essa foi a primeira vez em 28 anos que o Brasil conquista o ouro em uma Olimpíada nessa modalidade. A última vez havia sido nos Jogos de Atlanta, em 1996, com a dupla Sandra Pires e Jacqueline Silva. Em momento simbólico, ambas estiveram na coletiva com suas medalhas e posaram para fotos ao lado das atuais campeãs.

Duda e Ana Patrícia conquistaram o ouro na sexta-feira (2), em partida tensa contra a dupla canadense Melissa Humaña-Paredes e Brandie Wilkerson, por dois sets a um. As brasileiras venceram a dupla australiana Clany e Artacho del Solar no dia anterior. Antes, venceram duplas da Letônia, Romênia e Japão.

Sandra Pires e Jacqueline Silva (nas pontas), ouro em Atlanta-1996, posam ao lado de Ana Patrícia e Duda (centro), campeãs nas Olimpíadas de Paris, 11 de agosto de 2024
Sandra Pires e Jacqueline Silva (nas pontas), ouro em Atlanta-1996, posam ao lado de Ana Patrícia e Duda (centro), campeãs nas Olimpíadas de Paris, 11 de agosto de 2024 (Solon Neto/Alma Preta)

A medalha coroou uma parceria vencedora que já esteve no topo do pódio também no Pan-Americano de Santiago, em 2023, e nas Olimpíadas da Juventude de Nanjing, em 2014. As duas estiveram nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, mas ao lado de parceiras diferentes.

O Brasil encerrou sua participação nas Olimpíadas de Paris com 20 medalhas conquistadas — três de ouro, sete de prata, dez de bronze. Desse total, 12 foram conquistas de mulheres. Além disso, das 15 medalhas individuais do Brasil nos Jogos, nove são conquistas de atletas negros.

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  • Solon Neto

    Cofundador e diretor de comunicação da agência Alma Preta Jornalismo; mestre e jornalista formado pela UNESP; ex-correspondente da agência internacional Sputnik News.

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