PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Ativistas do movimento antirracista e afro-religioso vão receber título de Doutor Honoris Causa

Babalorixá Célio Omintologi, Yalorixá Neide Oyá D’Oxum, Babalawô Oloyé Ayinde Oriwo e Makota Celinha serão homenageados em 20 de novembro
Imagem mostra a Yalorixá Neide Oyá D’Oxum o Babalawô Oloyé Ayinde Oriwo.

Imagem mostra a Yalorixá Neide Oyá D’Oxum o Babalawô Oloyé Ayinde Oriwo.

— Reprodução

4 de setembro de 2024

O Conselho Superior da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) aprovou, por unanimidade, em sessão ordinária, a concessão do título de Doutor Honoris Causa a quatro ativistas do movimento antirracista afro-religioso.

Receberão a honraria, prevista para novembro, Pai Célio Rodrigues dos Santos (Babalorixá Célio Omintologi), Maria Neide Martins (Yalorixá Neide Oyá D’Oxum), Ismaila Fássassi (Babalawô Oloyé Ayinde Oriwo) e Célia Gonçalves Souza (Makota Celinha).

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

A homenagem é um reconhecimento das contribuições significativas desses ativistas para a promoção da equidade racial e a valorização das tradições afro-religiosas.

A proposição do título foi realizada pelo professor de história e coordenador Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Uneal (Neab) Clébio Correia de Araújo. A proposta passou pela apreciação dos membros do Conselho Superior da Universidade Estadual de Alagoas (Consu), conforme estabelece o Regimento Geral da Universidade.

“É a primeira vez na história da nossa Instituição, do estado e nacionalmente, que uma Universidade concede o título de Doutor Honoris Causa de uma só vez, a quatro personalidades de religiões de matrizes e raízes africanas. ‘Sem dúvidas, um grande marco e reparação para com a população que foram e são diariamente silenciados e vítimas das violências do Racismo no geral, sobretudo em Alagoas”, frisou o pesquisador em nota publicada pela universidade. 

Para a solenidade de concessão dos títulos, a Uneal pretende realizar o evento no Dia Nacional da Consciência Negra, em 20 de novembro, na Serra da Barriga. A data marca as celebrações locais que têm forte significado na luta contra o racismo.

“Não temos dúvidas sobre a importância e o simbolismo que esses títulos representam para uma política de combate ao racismo, de valorização das pessoas pretas. É uma necessidade o reconhecimento dessas autoridades para que a gente possa, de fato, ampliar a educação quilombola [….] e servir de exemplo para ampliar as políticas públicas”, destacou o reitor da Uneal, Odilon Máximo de Morais.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano