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Museu em Porto Alegre inaugura exposição ‘Hip Hop das Manas’

A mostra apresenta 120 itens doados por hip hopers gaúchas que escrevem a história do movimento no Rio Grande do Sul
Imagem dos coordenadores do Museu, Rafa Rafuagi, Aretha Ramos e Rafael Mautone.

Imagem dos coordenadores do Museu, Rafa Rafuagi, Aretha Ramos e Rafael Mautone.

— Reprodução/Leo Zanini

7 de março de 2025

Neste sábado (8), o Museu da Cultura do Hip Hop RS inaugura a exposição “Hip Hop das Manas” para celebrar a importância da voz feminina na história do movimento. A exposição apresenta itens, fotos e detalhes que representam esse cenário no Rio Grande do Sul.

A mostra apresenta o protagonismo das mulheres na história do Hip Hop, destacando suas contribuições para a construção do movimento, que nasceu como um espaço de resistência e expressão das comunidades marginalizadas.

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Inspirada na trajetória de Cindy Campbell, uma das precursoras da cultura Hip Hop, a exibição celebra a importância de personagens femininas ao redefinir narrativas fortalecendo a evolução na cena. Cindy Campbell foi responsável pela organização de uma festa histórica em 11 de agosto de 1973, no Bronx, data considerada o marco do nascimento do Hip Hop.

Essa evolução também foi acompanhada dos inúmeros desafios enfrentados pelas mulheres para se firmarem como protagonistas no movimento Hip Hop, predominantemente masculino e marcado pelo machismo estrutural.

Nesse sentido, a exposição busca ressaltar a importância das mulheres, principalmente do Rio Grande do Sul, que lutam para que o movimento seja inclusivo, democrático e representativo em todas as vozes. 

O público terá a oportunidade de explorar um acervo com 120 itens doados por artistas gaúchas que reforçam a narrativa de MCs, Djs, B-girls, produtoras e artistas visuais no estado. 

Para a coordenadora do Museu do Hip Hop RS, Aretha Ramos, do “Hip Hop das Manas” chega ao museu para que todas as Hip hopers mulheres sejam lembradas por seu protagonismo. A líder também reforça que a equipe é composta por 57,14% de mulheres.

“Nós enfrentamos muitos desafios, a falta de segurança nos espaços culturais, o combate a estereótipos de gênero e a escassez de financiamento para projetos liderados por mulheres. Mesmo assim, continuamos a escrever nossas histórias, inovando e criando redes de apoio entre nós. A luta por reconhecimento e igualdade não é apenas por espaço, mas por respeito e oportunidades equivalentes aos homens dentro do movimento”, afirma Aretha, que ainda lembra que o protagonismo feminino do hip hop gaúcho é uma conquista coletiva.

Museu da Cultura Hip Hop RS

Inaugurado em 2023, mesmo ano que marca os anos 50 do Hip Hop no mundo, o acervo é o primeiro na América Latina dedicado ao movimento. O museu é uma iniciativa coletiva da Associação da Cultura Hip de Esteio (ACHE) com o objetivo de fortalecer os outros estados brasileiros para criação de museus. 

O complexo reúne cerca de 6 mil itens de acervo físico e digital sobre a história do Hip Hop gaúcho. O local é inspirado no Universal Hip Hop Museum, nos Estados Unidos, e apresenta espaços como salas expositivas, atelier de oficinas, café, biblioteca e estúdio musical.  

Visitação

Para visitar o Museu é possível optar por visitas agendadas ou livres As visitas agendadas acontecem duas vezes ao dia, às 9h e às 14h, sendo destinadas a grupos de até 50 pessoas.

Para marcar a visita basta acessar o formulário de agendamento disponível aqui. As visitas agendadas são guiadas por mediadores que conduzem o grupo com explicações sobre as mostras em cartaz. 

Serviço

Exposição “Hip Hop das Manas”

Horário: de terça à sábado, das 9h às 12h e das 14h às 17h

Local:  Rua Parque dos Nativos 545, Vila Ipiranga, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Entrada gratuita 

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