O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal(STF), solicitou que a Polícia Federal (PF) encaminhe as conversas entre o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa e a vereadora Marielle Franco.
Rivaldo está preso desde março de 2024 acusado de participar do planejamento do assassinato da vereadora, ocorrido em março de 2018. De acordo com denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-chefe teria planejado o crime, além de ordenar a morte e atrapalhar as investigações sobre o crime enquanto comandava a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
A decisão do ministro atende a um pedido da defesa do réu, feito em novembro do ano passado. O advogado Marcelo Ferreira argumenta que os materiais foram utilizados para demonstrar que ele não teve contato com os mandantes do crime e que mantinha uma relação profissional com Marielle.
A Polícia Federal deve encaminhar ainda as conversas de Rivaldo com os delegados Giniton Lages, Daniel Rosa que atuaram na investigação do caso de Marielle e Brenno Carnevale, que expôs interferências do ex-chefe de polícia sobre a Delegacia de Homicídios da capital. A defesa pretende afirmar a versão de que Rivaldo fez cobranças a respeito da investigação do assassinato. Todos os diálogos foram extraídos de aparelhos apreendidos durante as apurações.
Na mesma decisão, Moraes determinou que a Justiça do Rio de Janeiro envie a íntegra de um processo criminal que, segundo os advogados, indica que o crime foi cometido a mando de Cristiano Girão, acusado de chefiar uma milícia no bairro Gardênia Azul.
No entanto, outros pedidos da defesa foram negados por Moraes. Entre eles a solicitação de um exame para analisar possíveis “transtornos psiquiátricos” de Ronnie Lessa, condenado pelo assassinato. O executor do crime também é delator de Rivaldo Barbosa.
Outra ordem rejeitada solicitava o acesso ao processo da PF que investiga o monitoramento ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O pedido está relacionado ao delegado Daniel Rosa, um dos primeiros responsáveis pela investigação do assassinato de Marielle.
Com informações da Agência Brasil.