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PF deve entregar ao STF mensagens entre ex-chefe da Polícia Civil e Marielle

A decisão atende pedido da defesa de Rivaldo Barbosa, acusado de ser mandante do assassinato
Imagem da vereadora Marielle Franco.

Imagem da vereadora Marielle Franco.

— Reprodução/ Renan Olaz/ Câmara Municipal do Rio

12 de março de 2025

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal(STF), solicitou que a Polícia Federal (PF) encaminhe as conversas entre o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa e a vereadora Marielle Franco. 

Rivaldo está preso desde março de 2024 acusado de participar do planejamento do assassinato da vereadora, ocorrido em março de 2018. De acordo com denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-chefe teria planejado o crime, além de ordenar a morte e atrapalhar as investigações sobre o crime enquanto comandava a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

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A decisão do ministro atende a um pedido da defesa do réu, feito em novembro do ano passado. O advogado Marcelo Ferreira argumenta que os materiais foram utilizados para demonstrar que ele não teve contato com os mandantes do crime e que mantinha uma relação profissional com Marielle.

A Polícia Federal deve encaminhar ainda as conversas de Rivaldo com os delegados Giniton Lages, Daniel Rosa que atuaram na investigação do caso de Marielle e Brenno Carnevale, que expôs interferências do ex-chefe de polícia sobre a Delegacia de Homicídios da capital.  A defesa pretende afirmar a versão de que Rivaldo fez cobranças a respeito da investigação do assassinato. Todos os diálogos foram extraídos de aparelhos apreendidos durante as apurações.

Na mesma decisão, Moraes determinou que a Justiça do Rio de Janeiro envie a íntegra de um processo criminal que, segundo os advogados, indica que o crime foi cometido a mando de Cristiano Girão, acusado de chefiar uma milícia no bairro Gardênia Azul.

No entanto, outros pedidos da defesa foram negados por Moraes. Entre eles a solicitação de um exame para analisar possíveis “transtornos psiquiátricos” de  Ronnie Lessa, condenado pelo assassinato. O executor do crime também é delator de Rivaldo Barbosa.

Outra ordem rejeitada solicitava o acesso ao processo da PF que investiga o monitoramento ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O pedido está relacionado ao delegado Daniel Rosa, um dos primeiros responsáveis pela investigação do assassinato de Marielle.

Com informações da Agência Brasil.

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