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Adolescente negro é morto a caminho do trabalho durante ação policial no Rio

O jovem estava a caminho do trabalho quando foi atingido por cinco tiro nas costas por policiais; familiares contestam versão da PM
O dançarino Gabriel dos Santos Vieira.

O dançarino Gabriel dos Santos Vieira.

— Reprodução/Redes Sociais

1 de maio de 2025

O adolescente Gabriel dos Santos Vieira, 17 anos, morreu baleado no Engenho da Rainha, na zona norte do Rio de Janeiro, enquanto ia para o trabalho na noite desta quarta-feira (30). O jovem estava na garupa de uma moto de aplicativo quando foi atingido por cinco tiros pelas costas e acabou morrendo na hora.

Morador no Complexo do Alemão, Gabriel trabalhava como assistente de pizzaiolo e bailarino. Naquela noite, o jovem havia sido contratado para dançar em uma festa de debutante em Madureira e, para chegar ao evento, solicitou uma corrida por aplicativo de mototáxi.

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Além do jovem, o condutor da motocicleta, Vanderson Ferreira Nascimento Pinto, também foi atingido por pelo menos três tiros e socorrido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.

De acordo com a Polícia Militar, houve confronto com tiros partindo de dentro de um carro abordado. Ainda segundo a corporação, Gabriel e o mototaxista passavam pelo local durante a troca de tiros e acabaram sendo atingidos

A versão da PM é contestada pelos familiares da vítima e por moradores que estavam no local. Eles alegam que a moto que a vítima estava foi alvo dos policiais.

O que diz a PM

Em nota oficial, a Polícia Militar disse que, de acordo com os policiais envolvidos na ocorrência, uma equipe da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Alemão realizava policiamento pela estrada Adhemar Bebiano, no Engenho da Rainha, quando iniciou uma abordagem a um veículo suspeito.

De acordo com os policiais envolvidos, houve confronto com tiros partindo de dentro do carro abordado que conseguiu fugir. Os policiais disseram que dois homens passaram pelo local em uma motocicleta e foram atingidos.

A PM ainda afirmou que os policiais envolvidos na ação utilizavam câmeras de uso individual e o comando da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) já instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias do fato.

O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Capital (DCH), onde as armas dos policiais foram apreendidas para a perícia. 

Com informações do Voz das Comunidades e do Metrópoles

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