Sem mortes, casos de infecção registrados chegam a 402; medidas também foram anunciadas para fortalecer a economia sul-africana
Texto / Pedro Borges I Edição / Simone Freire I Imagem / GCIS
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Em decorrência dos efeitos Covid-19, o novo coronavírus, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou, nesta segunda-feira (23), estado de quarentena para toda o país. Entre a meia-noite de quinta-feira (26) e a meia-noite de 16 de abril, todos os cidadãos terão restrições para a circulação e apenas os serviços necessários seguirão abertos.
Será permitida a movimentação de profissionais de saúde dos setores privado e público, trabalhadores da área da segurança pública, como policiais e guardas de trânsito, e outros profissionais descritos como essenciais para enfrentar a pandemia.
As demais pessoas só terão permissão para sair de casa por motivos médicos, comprar comida e outros suplementos. Continuam abertos supermercados, drogarias, laboratórios, bancos, postos de gasolina e fornecedores de medicamentos.
Ao todo, até a noite desta segunda-feira (23), o país contabilizava pouco mais de 500 casos confirmados de pessoas contaminadas, número que tem crescido expressivamente. Há 8 dias, por exemplo, eram registrados apenas 61 casos.
A África do Sul já havia anunciado Estado de Desastre Nacional, que restringiu as viagens internacionais, encontros com mais de 100 pessoas, fechamento escolas e instituições de ensino e restringido a venda de álcool depois das 18h.
Até o momento, a região mais afetada pela pandemia é a de Gauteng, onde está localizada Joanesburgo, maior cidade sul-africana e uma das capitais do país. Na província de Western Cape, onde está a Cidade do Cabo, há o registro de 100 infectados. Durban, terceiro maior município, está na região de KwaZulu-Natal, com 60 doentes por Covid-19.
O governo sul-africano tem apresentado o perfil etário das pessoas atingidas pelo vírus. As pessoas mais infectadas têm entre 31 e 40 anos, e entre 51 e 60 anos.
“Em nome da nação, gostaria de agradecer os profissionais da saúde, médicos, enfermeiras e paramédicos que estão na linha de frente contra a pandemia. Nossos professores, oficiais de fronteiras, policiais e guardas de trânsito e todas as demais pessoas que têm chamado para si a responsabilidade”, disse o presidente Cyril Ramaphosa, em carta oficial ao país.
Economia
Cyril Ramaphosa apresentou a primeira das propostas econômicas a serem desenvolvidas pelo país como forma de suporte econômico ao povo sul-africano durante a atual pandemia. O governo desenvolveu um fundo solidário para receber o apoio de empresários, organizações e indivíduos, e pessoas de outros países.
O Estado anunciou um primeiro aporte de 150 milhões de rands, a moeda local, o equivalente a cerca de R$ 40 milhões de reais, além de contar com a participação de empresários. Duas famílias sul-africanas, os Rupert e os Oppenheimer, doaram cerca de 1 bilhão de rands para prestar assistência a pequenos empresários e seus funcionários.