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Mesmo com pandemia, Moçambique consegue evitar recessão econômica em 2020

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24 de agosto de 2020

Angola e África do Sul, por sul vez, devem registrar retração econômica por conta de impactos do coronavírus

Texto: Guilherme Soares Dias | Edição: Nataly Simões | Imagem: Divulgação/OMS

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Moçambique conseguirá evitar uma recessão este ano, segundo a consultora Fitch Solutions. O país será o único da África Austral a conseguir crescer, de acordo com informações da Agência Lusa. O documento da Fitch afirma que a África Austral deve ser a sub-região africana com o mais fraco desempenho econômico na África tanto em 2020 quanto em 2021.

Nesse cenário, Moçambique deve ser a exceção com crescimento de 0,2%. Mesmo assim, o número é “o mais baixo das últimas três décadas”. No segundo trimestre, o país teve queda de 3,3% na atividade econômica que, segundo a agência, deve ser compensado com a atividade no segundo semestre, com o levantamento das medidas de distanciamento social.

“A nossa previsão central é que a ausência de um confinamento total e o desenvolvimento do setor do gás natural liquefeito serão suficientes para manter o crescimento em território positivo em 2020”, aponta a Fitch Solutions. Já em 2021 o crescimento econômico deverá aumentar para 3,6%. “O regresso das pessoas aos mercados deverá garantir mais lucros e investimentos na indústria dos serviços e do comércio”, concluem os analistas.

A Angola, por sua vez, deve passar pelo quinto ano consecutivo de recessão. “O setor petrolífero continuará a ser o principal responsável pela atividade econômica, e os preços baixos do petróleo, a falta de grandes novos investimentos no setor e o cumprimento das metas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vão implicar declínios na produção, quer em 2020, quer em 2021”. A Fitch Solutions estima uma contração econômica de 4% este ano e uma ligeira recuperação de 0,8% no próximo ano.

Na África do Sul, a pandemia do novo coronavírus está atingindo fortemente os setores de distribuição e comércio, vítimas do bloqueio, colapso econômico e medo do consumidor. O grupo Massmart, do gigante norte-americano Walmart, confirmou o “impacto significativo” da crise da saúde em seu faturamento semestral, que deverá cair cerca de 42%, segundo Agência France Presse.

De acordo com as projeções, os próximos meses se anunciam difíceis para o setor como um todo, cuja atividade representa 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

A pandemia da Covid-19 já provocou pelo menos 26.289 mortes e mais de 1,1 milhões de infectados em 55 países do continente africano.

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