Nos jogos olímpicos de Tóquio, no Japão, que teve uma cerimônia oficial de abertura nesta sexta-feira (23), o continente africano será representado por atletas de mais de 54 países na disputa por medalhas. A Guiné que tinha anunciado, no dia 21, que não iria mandar representantes, está revendo a decisão e pode mandar uma delegação. Caso isso aconteça, serão 55 nações africanas.
Ao todo, os jogos olímpicos terão participantes de 206 países, incluindo uma delegação especial de atletas refugiados e uma de atletas russos que participam de forma independente, após o país ter tido problemas por conta da testagem de doping.
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Em relação aos últimos jogos olímpicos, que aconteceram no Rio de Janeiro, em 2016, são oito os países africanos que podem repetir uma atuação com medalhas: Quênia, África do Sul, Etiópia, Costa do Marfim, Argélia, Burundi, Egito e Nigéria.
Quênia é o país africano com mais medalhas nas histórias dos jogos. Foram 99 medalhas, sendo 31 de ouro, 38 de prata e 30 de bronze.
No Rio de Janeiro, os atletas quenianos conseguiram 13 medalhas (seis de ouro, seis de prata e uma de bronze). No quadro geral de medalhas, o Quênia ficou em 15º lugar em 2016.
No Japão, a delegação queniana deve ter destaque na maratona, uma das competições mais tradicionais dos jogos, que acontecerá no dia 9 de agosto na cidade de Sapporo. Os favoritos são: Eliud Kipchoge (vencedor no Rio em 2016), Peres Jepchirchir (vencedor da maratona de Valência, na Espanha, em 2020) e Lawrence Cherono (vencedor das maratonas de Boston e Chicago, nos EUA, em 2019). No Olimpíadas do Rio, Eliud Kipchoge fez os 42 km da maratona em 2 horas, oito minutos e 44 segundos.
A África do Sul, que conseguiu duas medalhas de ouro, seis de prata e uma de bronze, ficou em 30º lugar. A Etiópia foi o terceiro país africano melhor posicionado no quadro geral das medalhas nas últimas Olimpíadas, no 44º lugar com uma de ouro, duas de prata e cinco de bronze.
Nos jogos de 2016, a Costa do Marfim também conseguiu uma medalha de ouro e outra de bronze, ficando na 51ª posição no ranking geral.
A Guiné tem cinco atletas classificados para os jogos olímpicos, sendo dois deles para a natação. Por conta da preocupação com o agravamento da pandemia de Covid-19, seu ministro dos esportes, Sanoussy Bantama Sow, chegou a anunciar que o país poderia desistir dos jogos – de acordo com a agência de notícias francesa AFP (Agence France-Presse).