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‘A Igreja Negra’: obra de Du Bois sobre religião na experiência racializada chega ao Brasil

Clássico apresenta a centralidade social da igreja negra nas comunidades negras dos Estados Unidos
Imagem em preto e branco mostra o autor de "A Igreja Negra", Du Bois

Foto: Reprodução

2 de julho de 2024

Em mais um resgate a um legado, muitas vezes esquecido, dentro da construção da Sociologia como campo científico, a obra “A igreja Negra” é o mais novo lançamento da Editora Recriar, a partir da coordenação editorial do Projeto Du Bois, iniciativa do Núcleo Afro-Cebrap. No dia 13 de julho, a partir das 18 horas, a livraria Megafauna, em São Paulo (SP), realiza uma roda de conversa para marcar o lançamento.

Em “A Igreja Negra”, W.E.B. Du Bois(1868-1963) apresenta a centralidade social da igreja negra na experiência racializada nos EUA. O autor demonstra que essa instituição é fruto de um amplo processo social, que começa ainda no continente africano, se desenvolve a partir dos impedimentos de espaços próprios de organização social no contexto da escravidão e terminou por tornar-se o centro da vida negra no país.  

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A obra chega pela primeira vez ao Brasil, em um esforço que também pode ser considerado como significativo até mesmo a nível internacional: muitas vezes, o estudo de Du Bois dedicado à Sociologia da Religião foi ignorado por projetos editoriais americanos dedicados ao próprio autor, apesar do aumento, em ascensão, sobre suas obras. 

Nesse sentido, o Projeto Du Bois tem sido a maior iniciativa, fora dos Estados Unidos, para resgatar e difundir a obra do sociólogo americano.  “Em geral, os escritos recorrentemente publicados do autor dão ênfase aos seus belos ensaios e visam reafirmar o lugar de Du Bois como um clássico da literatura afro-americana.”, explica o prefácio da nova edição, assinados por Isaac Palma Brandão e por Matheus Gato, professor da Unicamp e coordenador do Projeto Du Bois/Afro-Cebrap. 

Debate sobre a obra de Du Bois

O debate de lançamento de “A Igreja Negra” acontece com a participação de especialistas no campo dos estudos raciais na Sociologia. 

Antônio Sérgio Guimarães tem graduação e mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Doutorado em Sociologia pela University of Wisconsin, Madison. É professor Titular do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP)(USP). Atua na área de Sociologia, com ênfase em estudos afro-brasileiros e formação de classes sociais, principalmente nos temas: identidades raciais, regionais e nacionais, racismo e desigualdades raciais.

Edilza Sotero possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (2006), mestrado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (2010) e doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (2015). Realizou Pós-Doutorado na Brown University (2015-2016). Atualmente é professora adjunta no Departamento de Educação I da Universidade Federal da Bahia. Também é pesquisadora do Programa A Cor da Bahia – Programa de Pesquisa e Formação sobre Relações Raciais, Cultura e Identidade Negra na Bahia. (UFBA)

Matheus Gato é professor do Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Campinas (IFCH-UNICAMP) e coordenador do Projeto Du Bois/Afro-Cebrap. É doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo (2015) e realizou pós-doutorado na mesma instituição (2016-2019). Foi visiting fellow no Hutchins Center for African and African American Studies da Universidade de Harvard (2017-2018) . Seus principais temas de investigação são: racismo, classificações raciais, violência racial, intelectuais negros, literatura e pós-abolição.

Serviço

Debate sobre o livro “A Igreja Negra” em São Paulo

Quando: 13 de julho, sábado, a partir das 18h

Onde: Livraria Megafauna | Av. Ipiranga, 200 – loja 53 – República, São Paulo – SP

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