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Com tema ‘Utopias Negras’, Festival Latinidades reúne online shows musicais, atividades para crianças e empreendedorismo

22 de julho de 2020

Atrações de mulheres de todas as regiões brasileiras e de outros nove países são gratuitas e ocorrem entre os dias 22 e 27 de julho

Texto: Guilherme Soares Dias | Edição: Nataly Simões | Imagem: Divulgação

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O 25 de julho, Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, é marcado há 12 anos pelo Festival Latinidades, que em sua 13ª edição, a primeira online, ganhou o tema “Utopias Negras”. O evento começou neste dia 22 e traz uma programação que se estende até o dia 27. O Alma Preta conversou com três mulheres que vão se apresentar no festival em diferentes atividades: show musical, atração infantil e empreendedorismo.

Entre as atrações musicais está a de Rosa Luz, que se apresenta com a rapper adolescente MC Soffia em uma live no canal Afrolatinas no sábado (25), às 22h30. Além de dividir algumas músicas, à convite da Converse, as artistas prometem interagir com perguntas uma para outra. Rosa vai cantar músicas do EP “Rosa Maria codinome Rosa Luz”, lançado em 2016, e cantar alguns de seus singles.

“O festival faz parte da minha trajetória enquanto artista. Comecei a produzir conteúdo em 2016 e o primeiro trabalho que fiz de cobertura de evento foi o festival. Entrevistei MC Carol, MC Tati Quebra Barraco e a própria MC Soffia, por isso, vai ser bem significativo dividir essa apresentação com ela”, recorda.

Rosa conta que já se apresentou no festival e que é importante a existência de espaços que valorizam corpos não-brancos. “Fiz também uma palestra e ter um espaço que valoriza a mulher negra, latino-americana e caribenha é muito importante. Esse festival marca gerações de mulheres que estão na periferia. Há um espaço para os afroempreendedores. Além disso, o próprio mercado da música é bastante racista”, pontua.

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A rapper Rosa Luz se apresenta na edição online do Festival Latinidades no dia 25 de julho, às 22h30, junto à rapper adolescente MC Soffia. (Foto: Divulgação)

Mesmo online, todos os dias as crianças terão diversas atividades relacionadas à arte, cultura e exercícios corporais. “Haverá salas no zoom para que as pessoas possam fazer a interlocução junto com as atividades que serão apresentadas”, conta Mirtes Santos, quilombola do Espírito Santo que é diretora executiva do Pretaria BlackBooks & Blackids, responsável pela programação infantil do festival.

A programação foi denominada “Pretinhosidades”, será transmitida no Instagram e foi especialmente pensada para as crianças negras neste período de pandemia. “São as que menos têm acesso a programações culturais. Temos como parceiros artistas, especialistas e empreendedores que trabalharão questões de empoderamento e auto estima”, afirma Mirtes.

Entre as atividades voltadas ao empreendedorismo, a edição online do festival traz a de Caroline Moreira, presidente da startup Negras Plurais, rede que acelera negócios e potencializa o protagonismo de mulheres negras no mercado econômico há cinco anos. A empresária afirma que percebeu resquícios de fragmentação provocados pelo racismo. “Somos as primeiras empreendedoras do Brasil, mas se ver como empresária ainda é um grande desafio e nada maior que nossas subjetividades para dar conta de quebrar as crenças limitantes que fragmentam nossos DNAs”, diz.

Dessa forma, durante o festival Carolina pretende trabalhar de forma estratégica os processos criativos que já existem na comunidade a fim de melhorar resultados. “Isso parte do entendimento do ponto de partida inicial, como missão, valores e propósito e quebra de síndrome da impostora, entendimento do que sua marca entrega e transforma e como vender esses processos valiosos para o mercado”, ressalta.

Além disso, o aplicativo Negras Plurais será lançado durante o festival. “Com planejamento, alinhamento e posicionamento seu projeto cria escalabilidade e ganha o mercado”, esclarece Caroline.

Arte como poder de reflexão

A Campanha global da Converse, intitulada “Create Together for Tomorrow”, promove a esperança e a disposição de criativos em trabalhar para criar um amanhã melhor. A marca busca dialogar sobre diversos assuntos pertinentes como meio ambiente e causas sociais, por exemplo, de modo que a arte, com o poder de refletir os tempos atuais possa provocar conversas capazes de mudar o mundo.

Deste modo, a Converse se conecta, diretamente, ao Latinidades que parte do lugar das artes e da cultura para dialogar, disputar narrativas e fortalecer diferentes saberes de mulheres negras. Como apoiadora do Festival, a Converse convidou algumas atrações que possuem narrativas semelhantes ao propósito da marca e que estão conseguindo fazer a diferença seja na música, na área digital ou na comunidade em que vivem. Além do show e o bate papo entre Rosa Luz e Mc Soffia, a marca promove, no domingo (26), às 14h, a mesa “Novas narrativas negras na internet para o futuro”.

A conversa conta com a participação de três influenciadores digitais com diferentes narrativas. Bielo Pereira, bigênero, body positive, apresentadora do “Coisa Boa Pra Você”, exibido pela GNT; Lorrayne Carolyne, que aborda em seu Instagram – com quase 200 mil seguidores – temas sobre beleza e questões relacionadas às pessoas com deficiência; e Xan Ravelli, influenciadora focada em moda, beleza e que também mostra para seus seguidores a rotina de uma família preta.

A 13ª edição do Festival Latinidades é transmitida no YouTube e a programação completa com mulheres de todas as regiões do Brasil e dos países Barbados, Colômbia, Cuba, Etiópia, Haiti, Jamaica, Nigéria, Costa Rica e Guiné Bissau está disponível no site Afrolatinas.

Esta reportagem faz parte de uma parceria entre o Alma Preta e a Converse, apoiadora da edição de 2020 do Festival Latinidades.

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