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Cursos debatem a questão racial a partir da visão de mulheres negras

17 de março de 2016

Texto: Pedro Borges / Edição de Imagem: Pedro Borges

Encontros mesclam nomes internacionais e nacionais para entender as relações sociais e raciais no Brasil

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O Coletivo Dijejê, grupo de formação teórica que atua na zona norte de São Paulo, organiza dois encontros de formação no Jardim Damaceno. O primeiro, no dia 16 de abril, discute a posição social da negra e do negro sob a ótica de Beatriz Nascimento. Na semana seguinte, no dia 23l, a discussão terá como base o pensamento de Herbert Marcuse para entender o avanço do fascismo no mundo.

Todas as atividades começam às 9h da manhã e serão ministradas pela pedagoga e mestra em educação, Jaqueline Conceição. Ela explica a escolha dos nomes e a importância do debate para a atual conjuntura. “Tanto o Marcuse quanto a Beatriz Nascimento são dois intelectuais que possibilitam que a gente consiga olhar para a realidade e buscar fissuras para a compreensão e intervenção nela. A Beatriz propõe pensar a questão do negro pelo viés da resistência e o Marcuse também apresenta instrumentos para a luta diária”.

Herbert Marcuse é um dos principais nomes da Escola de Frankfurt Herbert Marcuse é um dos principais nomes da Escola de Frankfurt

O Coletivo Dijeje tem também uma forte preocupação em estreitar os laços entre a comunidade negra nas suas atividades. Por conta da estrutura racista e machista da sociedade brasileira, Jaqueline ressalta a necessidade de valorizar o trabalho e fortalecer as mulheres negras. “Essencialmente no Brasil, nós mulheres negras somos as responsáveis pela manutenção da memória do povo negro. E nós também formamos o país, seja educando e amamentando os filhos dos brancos, pagando a conta com o assassinato dos nossos filhos, com aprisionamento dos nossos maridos e a mutilação dos nossos corpos”.

A maior vulnerabilidade social da mulher negra é a principal razão para que haja um preço afirmativo para a inscrição no curso. Pesquisa divulgada em maio do ano passado pelo Laboratório de Analises Estatísticas Econômicas e Sociais das Relações Raciais (LAESER), da Universidade Federal do rio de Janeiro (UFRJ), aponta que as mulheres negras podem chegar a receber até 172% a menos do que os homens brancos.

Serviço:

Dia 16 de Abril, no Espaço Cultural Jardim Damasceno, Rua Talha Mar, 105, Jardim Damaceno

Moradores e moradoras da comunidade têm acesso gratuito ao curso.

Preço Afirmativo: – Irmãs Pretas 20 reais. – Irmãos Pretos 30 reais. – Demais público 50 reais.

Link para a inscrição – https://docs.google.com/forms/d/12IAFe5lpCuY1o_rAczMwHiZlo-D0p6L-PBsbHzH4vo0/viewform?c=0&w=1

Dia 23 de Abril, no Espaço Cultural Jardim Damasceno as 09hs.

Moradores e moradoras da comunidade têm acesso gratuito ao curso.

Preço Afirmativo: – Irmãs Pretas 20 reais. – Irmãos Pretos 30 reais. – Demais público 50 reais.

Link para a inscrição —https://docs.google.com/forms/d/1ze3XCg8GWwvY0p2jBP5KpCp0QPiRoL745oDjKc9_LTA/viewform?c=0&w=1

Telefone e e-mail para contato: 11 9 4468 1000 ou [email protected]

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