Ações são realizadas durante sete meses e começam por meio das plataformas digitais
Texto: Guilherme Soares Dias | Edição: Simone Freire | Imagem: Divulgação
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Para tentar fazer com que as ações relacionadas à negritude não fiquem restritas somente aos meses de maio e novembro, quando são lembradas a abolição da escravidão (13 de maio) e o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), o Sesc São Paulo criou em 2019 a ação do “13 ao 20 – (Re)Existência do Povo Negro”, propondo diálogos sobre a condição social da população negra em suas 43 unidades espalhadas pelo estado.
Realizada durante sete meses, a ação em 2020 acontece, a princípio, nas redes e plataformas digitais da entidade. O objetivo de ampliar a discussão, segundo o Sesc SP, é “o reconhecimento das lutas, conquistas, manifestações e realidades do povo negro”.
A abertura do projeto será feita nesta quarta-feira (13) às 16h, por meio de uma transmissão ao vivo com o tema “13 de maio: (Re)Existir – (Re)Ancestraliza”, trazendo um bate papo com Douglas Belchior, fundador e professor no Movimento Uneafro Brasil e membro da Coalizão Negra por Direitos, e Katiuscia Ribeiro, doutoranda em Filosofia Africana pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora geral do laboratório Geru Maa de Africologia e Estudos Ameríndios da UFRJ.
“No momento atual, o foco das ações é salvar vidas. Neste sentido, vale ressaltar que a morte da população negra se dá de diferentes maneiras todos os dias”, afirma a entidade. Segundo o assistente técnico da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc SP, Fabiano Maranhão, um dos responsáveis pelo “Do 13 ao 20”, o projeto é uma realização pessoal e coletiva. “A expressão eu não ando só se faz valer em todas as pessoas que que próximas ou distante, estão abertas para troca, emanam boas vibrações e seguem juntas. Pensar, debater e experienciar esse projeto nos torna mais fortes”, afirma.
Entre as próximas atividades, está a divulgação da série sobre a Revolta dos Malês, que conta com cinco episódios. Dirigida por Belisario Franca e Jeferson De, a série fala da revolta de 1835 em que africanos muçulmanos, trazidos da atual Nigéria e escravizados no Brasil, se rebelam contra a opressão. A série pode ser conferida por aqui.
A ação completa do “13 ao 20 – (Re)Existência do Povo Negro” está no site do Sesc.