Curso online começa no dia 20 de Junho e continua com inscrições abertas até o dia 29; Inscreva-se aqui: https://goo.gl/nIxLvR
Texto / Solon Neto
Imagem / Alma Preta
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As inscrições para o curso online “Marcadores Sociais de Mulheres Encarceradas: gênero, classe, raça, sexualidade e etarismo” estão abertas, e seguem até o dia 29 de Junho. O curso será realizado a partir do dia 20 do mesmo mês e será ministrado pela professora e antropológa Isadora Assis Bandeira. Disponibilizado na plataforma Mooddle, o curso é realizado pelo Coletivo Di Jeje, coordenado pela pesquisadora Jaque Conceição. Você pode realizar sua inscrição no seguinte link: https://goo.gl/nIxLvR.
O curso abordará o sistema prisional a partir de classe, raça, gênero e sexualidade, utilizando discussões antropológicas e sociais de interseccionalidade. O foco será a compreensão da realidade de mulheres encarceradas, com ênfase na mulher negra, maioria no sistema prisional feminino brasileiro. Com essa distinção, deve abordar a possível diferença de intensidade de punição.
Isadora de Assis Bandeira, responsável pelo curso, é graduada em Antropologia pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). O foco de sua formação é a “Diversidade Cultural Latino-Americana”. A também pesquisadora é especializada na em gênero, diversidade sexual, raça e encarceramento, com Mestrado na área pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
O Coletivo Di Jeje oferece cursos com temas associados à condição da mulher negra e da comunidade negra, cujo obejtivo central é a mudança da realidade. “O que a gente espera é que os nossos cursos tragam elementos para a compreensão e o avanço da realidade. No caso da mulher negra e da mulher negra encarcerada a perspectiva do curso é analisar essas condições para encontrar formas de avançar e modificar essa realidade”, afirmou Jaque Conceição, pesquisadora e coordenadora do curso.
Para ela, a política de encarceramento em massa é utilizada em diversos países como processo de limpeza de pobres e miseráveis da sociedade: “No nosso país, por causa da questão racial e da diáspora africana, esse encarceramento em massa se faz com a população negra, mas em países como a China, a Índia, e outros da Ásia e até da própria África, a política de encarceramento é uma política de limpeza da pobreza e da população vulnerável. É um desenho do capital mundial, não é uma coisa que só acontece no Brasil”.
Apesar de ser uma estratégia geral observada no mundo, a coordenadora acredita que é necessário observar as especificidades brasileiras, em especial a da mulher negra, e para isso se prontifica o curso oferecido no coletivo. Dessa forma, seria possível compreender os processos de maneira apurada: “A invisibilidade trazida pelo racismo intensifica a necessidade dessa discussão da mulher negra no sistema prisional. É muito mais [uma forma de] compreender quais são os processos que o racismo desdobra dentro da lógica da justiça, uma vez que todos os sistemas coercitivos ou de controle sempre vão ser uma resposta às demandas que o capitalismo traz. Ora de inculcação, ora de conformação, ora de manipulação dentro da lógica do modo de produção. Então o processo de analisar as condições das mulherese negras dentro do sistema prisional é pensar como se dá essa lógica do racismo e do machismo”.
Serviço:
Curso: Marcadores Sociais de Mulheres Encarceradas: gênero, classe, raça, sexualidade e etarismo.
Local: Plataforma Moodle.
Curadoria: Profª Msª. Isadora Bandeira de Assis.
Oferecimento: Coletivo Di Jeje.
Investimento: R$ 60,00.
Inscrição: https://goo.gl/nIxLvR