Como parte das celebrações do 110º aniversário do ativista e intelectual Abdias Nascimento, o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro), o Instituto Cultne e o Instituto Cena Portuária vão realizar uma série de atividades na Pequena África, localizada na região central do Rio de Janeiro.
O local histórico que recebeu o maior número de pessoas negras escravizadas na história da humanidade vai sediar, em 20 de julho, às 16h, no salão principal do Casarão Cultural João Alabá, no Jardim Suspenso do Valongo, a exposição “Abdias Nascimento: Sujeito Coletivo”.
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A mostra inclui réplicas das pinturas de Abdias em diálogo com dois painéis inéditos, criados coletivamente durante quatro edições da Oficina Criativa Abdias Nascimento, ministradas no local. A exposição fica em cartaz até o dia 25 de agosto.
Além da mostra física, uma experiência virtual em realidade aumentada será lançada nos perfis do Ipeafro e do Museu de Arte Negra no Instagram, que exploram as pinturas de Abdias com efeitos especiais. O link para acessar a experiência ficará disponível a partir do dia 20.
Ainda nesta data, às 19h, o Casarão Cultural João Alabá no Jardim Suspenso do Valongo vai sediar mais uma edição do Cine Jardim, sob a curadoria de Dom Filó. A edição exibirá documentários sobre a cultura negra, com destaque para o filme “Abdias Nascimento: Memória Negra”, dirigido por Antônio Olavo.
Após a exibição, haverá um debate com Dom Filó, CEO e fundador da Cultne TV e Julio Menezes Silva, jornalista e co-gestor do Ipeafro. Os eventos são gratuitos, com direito a pipoca e churros.
O projeto “Cine Jardim” ocorre mensalmente, no terceiro sábado do mês, com previsão de término em 21 de dezembro. Em sua terceira edição, o evento tem destacado os protagonismos de pessoas negras, LGBTQIAAPN+ e PcDs, e continuará oferecendo pipoca e churros gratuitamente.
Para um dos idealizadores, Thiago Viana, o filme sobre Abdias Nascimento “é um registro significativo que percorre diversos momentos da vida do intelectual e inclui depoimentos do próprio Abdias. Além disso, traz diversos registros históricos relevantes a partir do acervo do Ipeafro, organização fundada por Abdias em 1981 e que dá seguimento a sua luta”, explica em nota à imprensa.
“Nós, do Ipeafro, cuja missão é difundir o legado e o acervo de Abdias Nascimento em múltiplas linguagens, vemos na realização da Ocupação Abdias no Casarão um ato de justiça para com aqueles que ousaram sonhar e plantar as sementes emancipatórias que colhemos na atualidade”, afirma Julio.
