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Brasil registra mais de 500 denúncias de assédio sexual em órgãos federais em 8 meses

A Universidade Federal de Rondônia foi a instituição federal com a maior quantidade de denúncias de assédio sexual
Nos órgãos estaduais, foram contabilizadas 146 denúncias e reclamações de assédio sexual.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

9 de setembro de 2024

A Controladoria-Geral da União (CGU) registrou cerca de 571 denúncias e reclamações relacionadas a assédio sexual em órgãos públicos federais nos primeiros oito meses de 2024. As informações são do painel “Resolveu?”, que reúne as solicitações de 173 ouvidorias de ministérios, universidades, autarquias e empresas estatais.

Do total de manifestações, mais de 97% se referem a denúncias e 2,5% a reclamações. A plataforma conta com um ranking das ouvidorias com maior número de relatos, liderado pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), com 32 ocorrências. O Ministério da Saúde aparece em segundo lugar, com 20 manifestações, seguido pela Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), que totalizou 20. 

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A própria CGU também aparece na lista, com 20 denúncias ou reclamações de assédio sexual. No painel, a maioria dos assuntos das denúncias se referem a “condutas de natureza sexual”, somando 246 das representações nas ouvidorias. As demais queixas incluem assédio, conduta docente, assédio em universidade e institutos federais, assédio sexual docente e outros.

O painel dispõe de pouca informação sobre o perfil de quem denuncia. No perfil racial, cerca de 74,91% dos casos não incluíram a declaração racial. Brancos somaram 14,43% das manifestações e negros, 9,62%. Apenas 88 denunciantes informaram o sexo, dos quais 75% eram mulheres e 25% homens.

A ferramenta também contabiliza as manifestações dos órgãos dos executivos estaduais. No mesmo período, foram cerca de 142 denúncias e quatro reclamações do gênero. 

A lista de entidades estaduais com maior número de ocorrências tem a Secretaria do Estado de Educação e Desporto Escolar (SEDUC) do Amazonas em primeiro lugar, com 24 registros. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aparece na segunda posição, somando 21 casos.

Texto com informações da Agência Brasil*

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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