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Campanha de financiamento quer criar espaço cultural com biblioteca afro em Brasília

11 de setembro de 2020

O objetivo também é oferecer para a comunidade de Taguatinga serviços como cursos de formação e um espaço de acolhimento

Texto: Flávia Ribeiro | Edição: Nataly Simões | Imagem: Burst/Nappy

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Fazer um quilombo urbano em Taguatinga, Brasília, é o objetivo da campanha de financiamento coletivo online que visa abrir o Espaço Cultural Serra da Barriga. O nome escolhido homenageia o local que abrigou o Quilombo dos Palmares, em Alagoas. Os recursos da campanha serão utilizados para custear o aluguel de uma casa com quatro quartos e também para reforma, pintura, troca de piso, compra de estantes, material de escritório, laboratório de informática, entre outras necessidades.

“É muito importante ter um espaço construído por nós e para nós. Existe uma importância social, pois há vários dados sobre a ausência do poder público nas periferias. Neste espaço teremos atividade cultural, formativa, profissionalizantes e vamos buscar oferecer apoio psicológico e jurídico. A campanha vai ajudar para que tenhamos um espaço de acolhimento nosso”, destaca o ativista social Mateus Santana, criador da campanha.

O planejamento é de que o espaço cultural leve opções de serviço à comunidade, como aula de dança e capoeira; uma biblioteca afro-referenciada, composta por livros escritos por pessoas pretas e com temática preta; exposições, cinema comunitário, workshop, cursos, palestras, cursos profissionalizantes, dentre outros. “Queremos que o espaço cultural seja um local onde pessoas vão para se sentir bem, onde vão para aprender, para construir e formar uma comunidade que acolhe e que abraça. A abertura dele é a realização de um sonho, é mais um passo no nosso corre de democratizar o acesso, gerar oportunidades, aprender e ensinar”, ressalta Santana.

O nome do local foi escolhido pela representatividade histórica e porque o autor da campanha possui uma ligação afetiva com o lugar, que já conheceu. “O sentimento de estar lá foi indescritível. Foi muito forte conhecer, ver de perto o que estava nos livros. Ter estado lá foi muito impactante. Decidimos colocar esse nome para que o espaço seja um quilombo urbano, um espaço de acolhimento, como foi em Palmares. Queremos que tenha esse significado”, comenta.

Para contribuir com o financiamento coletivo, acesse o site.

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