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Campanha denuncia poluição de rio por empresas no Maranhão

A principal fonte de contaminação são dejetos descartados por empresas instaladas em São Luís
Imagem mostra esgoto à céu aberto.

Foto: Reprodução

Patricia Santos

9 de novembro de 2023

A campanha da Rede Emaranhadas, organização liderada por mulheres nos territórios da região metropolitana de São Luís, no Maranhão, em parceria com a Associação de moradores do Residencial Natureza, mobiliza e articula a sociedade civil e órgãos públicos para adotar providências de combate à poluição do Rio da Ribeira.

O Residencial Natureza fica perto de uma região com empresas de diversos ramos de atuação e a poluição do rio é atribuída ao despejo de dejetos industriais que são descartados por essas empresas de forma irregular, além da poluição atmosférica da vegetação nativa.

O problema já é de conhecimento do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e da Secretaria Estadual de Direitos Humanos (SEDIHPOP), que protocolaram ações para que um laudo técnico sobre a poluição e os agentes poluidores sejam identificados e os responsáveis notificados. No entanto, a comunidade segue sem respostas e seu acesso aos laudos.

Após visita técnica, a secretaria, através da Comissão Estadual de Prevenção à Violência no Campo e na Cidade (Coecv), concluiu que se trata de conflito socioambiental e emitiu parecer às Secretarias Municipal e Estadual de Meio Ambiente para que tomassem providências.

Em encontro em 29 de outubro, os representantes e 43 moradores do Residencial discutiram o problema em conjunto para a elaboração de estratégias para mobilização popular, que desde o início é pensada e articulada com as lideranças.

A presidente da Associação de Moradores do Residencial Natureza, Hariadna Silva, diz que os moradores estão comprometidos em serem multiplicadores da ação e levar conhecimento para a comunidade.

“Muitas pessoas aqui tiravam seu sustento e sua alimentação do rio. Hoje não podem mais. O que a gente quer é resgatar o rio. Voltar a pescar, cultivar e banhar nele. Ele é parte da nossa comunidade”, comenta.

A campanha conta apoio de organizações como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI Maranhão), Justiça nos Trilhos, Coletivo Reocupa, Tapajós de Fato e Coletivo Mulheres Negras da Periferia.

Patricia Santos

Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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