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COP30 pode representar mudança decisiva na luta climática, afirma presidente da conferência

André Corrêa, que está à frente do evento, vê conferência em Belém como oportunidade para alinhar países e ampliar ações diante de atrasos nas metas climáticas
As ministras do Meio Ambiente, Marina Silva e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, receberam das crianças indígenas que participam do Acampamento Terra Livre (ATL), uma carta com suas próprias demandas sobre proteção ao meio ambiente, mudanças climáticas, a COP 30 e os direitos dos povos indígenas.

As ministras do Meio Ambiente, Marina Silva e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, receberam das crianças indígenas que participam do Acampamento Terra Livre (ATL), uma carta com suas próprias demandas sobre proteção ao meio ambiente, mudanças climáticas, a COP 30 e os direitos dos povos indígenas.

— Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

8 de maio de 2025

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que a conferência marcada para novembro em Belém pode representar uma mudança decisiva na luta contra as mudanças climáticas. A declaração foi feita em carta enviada aos quase 200 países convidados para o encontro, que ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro.

Na mensagem, Corrêa do Lago apontou a necessidade de um momento de alinhamento entre governos, comunidades, empresas e instituições. Segundo ele, o objetivo é alterar a trajetória da relação da humanidade com o planeta. Ele reconheceu que o desafio é imenso, citando entraves geopolíticos e climáticos.

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Contexto climático e político

A COP30 acontece após o registro do ano mais quente da história, em 2024. O encontro também será marcado pela saída anunciada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, prevista para se tornar efetiva em 2026.

Apesar das dificuldades, Corrêa do Lago defendeu que os países preparem suas estratégias climáticas de forma independente. As chamadas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), que precisam ser revisadas a cada cinco anos, seguem pendentes em muitas nações. Entre os principais emissores de gases de efeito estufa com propostas em atraso estão a China e a União Europeia.

O presidente da COP30 disse acreditar que até setembro um número significativo de países apresentará suas novas NDCs. Ele avaliou de forma positiva o clima de uma conferência ministerial realizada em Copenhague, na Dinamarca.

A diretora-executiva da COP30, Ana Toni, observou mudanças na qualidade dos planos apresentados pelos países. Segundo ela, os governos agora elaboram estratégias setoriais e consideram mecanismos de incentivo aos investimentos relacionados.

O presidente chinês Xi Jinping declarou que seu país pretende apresentar um plano abrangente, que inclua todos os gases de efeito estufa, e não apenas o dióxido de carbono. Ele reiterou que os esforços da China contra o aquecimento global não sofrerão recuo.

Na carta aos países, Corrêa do Lago alertou para o risco de enfrentar novas crises com estratégias consideradas ultrapassadas, sem considerar os avanços científicos, tecnológicos e sociais. Ele defendeu que a COP 30 amplie a ação climática para além das negociações diplomáticas e ajude a redefinir a relação da humanidade com o meio ambiente.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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