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DF: jovens negros são 90% dos internos nas instituições socioeducativas

Segundo pesquisa, 94% dos perfis avaliados são do gênero masculino e 95% têm renda familiar de até três salários mínimos
Imagem mostra um jovem privado de liberdade de costas para as grades do sistema socioeducativo.

Foto: Observatório do Terceiro Setor

16 de abril de 2024

Um estudo divulgado pelo Observatório de Violência e Socioeducação do Distrito Federal (Oves-DF) aponta que 90% dos adolescentes que ingressaram no sistema socioeducativo da capital do país são negros. 

Os dados apresentados pelo Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus/DF) ressaltam o processo de criminalização da juventude negra no Brasil. A análise observou os jovens e adolescentes que ingressaram no sistema socioeducativo entre os anos de 2019 e 2022.

Segundo a pesquisa, 94% são do gênero masculino, enquanto 95% têm renda familiar de até três salários mínimos. Do total, 48,79% moram com a mãe/madrasta e irmãos, e 59% não estão na escola (não matriculados, infrequentes ou evadidos). 

Além disso, 40,99% dos jovens estavam na Educação de Jovens e Adultos (EJA), e 39,69% nos anos finais do ensino fundamental. Em relação à renda familiar, o relatório aponta que 73,14% estão em lares com ganho entre um e três salários mínimos, enquanto 22,06% são de famílias ainda mais vulneráveis, com renda de menos de um salário mínimo.

Intitulada “Violências Vivenciadas por Adolescentes em Espaços Educativos e na Socioeducação do Distrito Federal”, a pesquisa foi realizada por meio de análise de dados quantitativos, qualitativas, entrevistas aos adolescentes e oficinas para dar visibilidade às trajetórias dos adolescentes

O conteúdo resultou em um documentário, disponível para visualização aqui.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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