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Estudo: 77% das empreendedoras começaram negócios após a maternidade

Grande parte das entrevistadas afirmaram que consideram o empreendimento como parte de quem são
Segundo os dados, as empreendedoras entrevistadas são predominantemente negras.

Foto: Drazen Zigic / Shutterstock

13 de maio de 2024

Uma pesquisa realizada em 2023 pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) revelou que 77% das mulheres empreendedoras começaram seus negócios depois da maternidade. Os dados foram obtidos com apoio do Instituto Locomotiva. 

No geral, 70% das empreendedoras são mães e a maioria iniciou seus negócios por necessidade. O resultado que se destaca entre as mulheres negras, de menor renda e de escolaridade mais baixa.

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Segundo os dados, as empreendedoras entrevistadas são predominantemente negras (65%), da região Sudeste (44%), de 30 a 45 anos (43%) e de baixa renda (50% são da classe C). Sete em cada dez cursaram até o ensino médio (43%).

Ao todo, 55% das mulheres empreendedoras abriram seus negócios por necessidade; 75% delas são das classes D e E; 63% possuem até o ensino fundamental; 77% começaram a empreender depois da maternidade e 61% são negras.

A pesquisa também ressalta que essas mulheres empreendem porque 95% delas acreditam que trabalhar e ter sua própria renda é um fator muito importante para trazer independência. Por isso, 92% das entrevistadas consideram o seu negócio muito importante e fazem de tudo para mantê-lo funcionando e 81% ainda conceituam o seu empreendimento como parte de quem são.

Sobre a situação financeira das entrevistadas, seis em cada dez mulheres empreendedoras faturam até R$ 2,5 mil por mês e apenas 17% conseguem chegar aos R$ 5 mil mensais. Dessas, 98% são das classes D e E, 82% são negras e 83% começaram a empreender por necessidade.

Entre 24% das mulheres que conseguem faturar mais de R$ 5 mil por mês, 50% são das classes A e B. Em casos de receita positiva com o lucro, as principais finalidades desse capital são investir no próprio negócio e guardar como poupança. Já entre os homens que possuem lucro, esse dinheiro é destinado para investir no negócio, para lazer e viagens.

Ana Fontes, empreendedora social, fundadora e CEO da Rede Mulher Empreendedora, afirma que há oito anos o IRME realiza essa pesquisa e traz pontos de reflexão e discussão atualizados sobre o cenário da mulher empreendedora brasileira.

“A 8ª edição da pesquisa ‘Empreendedoras e Seus Negócios’ é fundamental não apenas para direcionar as ações da RME (Rede Mulher Empreendedora) e do Instituto RME, mas também para influenciar e pautar as políticas públicas de apoio às mulheres. Elas representam quase metade dos pequenos negócios em nosso país”, afirmou em nota à imprensa. 

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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