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Justiça condena 3 ex-agentes da PRF pela morte de Genivaldo de Jesus

Genivaldo de Jesus foi morto por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda em 2022, após ser detido em uma viatura e submetido à tortura com gases tóxicos
Os três ex-agentes da PRF foram condenados por tortura e homicídio triplamente qualificado.

Os três ex-agentes da PRF foram condenados por tortura e homicídio triplamente qualificado.

— Reprodução / PRF Paraná

9 de dezembro de 2024

A Justiça Federal de Sergipe (JFSE) condenou os três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) processados pela morte de Genivaldo de Jesus Santos, morto por asfixia dentro de uma viatura em Sergipe, em maio de 2022. 

A sentença foi proferida pela 7ª Vara Federal após 12 dias de júri popular, iniciado no dia 26 de novembro, e ouviu mais de 30 testemunhas, incluindo especialistas e familiares da vítima. 

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O ex-policial Rodolopho Nascimento foi sentenciado a 28 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil e sem chance de defesa da vítima. Os outros agentes, William Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas, foram considerados culpados pelo crime de tortura, com resultado não intencional e enfrentarão penas de 23 anos, um mês e nove dias.

Para determinar as condenações, o tribunal considerou que o delito foi cometido por agentes públicos e contra uma pessoa com deficiência, uma vez que Genivaldo era diagnosticado com esquizofrenia.

Relembre o caso 

O crime aconteceu na cidade de Umbaúba, cerca de 109km de distância de Aracaju, capital sergipana. Após ser parado por pilotar uma motocicleta sem utilizar capacete, a vítima foi presa em uma viatura. No veículo, Genivaldo de Jesus foi submetido à spray de pimenta e gás lacrimogêneo, sem a possibilidade de fuga, e morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. 

Segundo uma perícia realizada pela Polícia Rodoviária Federal em fevereiro de 2022, o homem negro foi a óbito após cerca de 11 minutos e meio exposto aos gases tóxicos.

Os acusados foram presos em outubro do mesmo ano, cinco meses após o ocorrido. Os três réus só foram demitidos da PRF em agosto de 2023, após determinação do, na época, ministro da Justiça Flávio Dino. 

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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