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Mães de Manguinhos convocam ato em memória de Johnatha, jovem negro morto por PM

A data também marca a audiência do júri popular que vai julgar PM acusado de homicídio no Rio de Janeiro
Imagem mostra Ana Paula Oliveira ao lado de outras duas integrantes do movimento Mães de Manguinhos. Elas utilizam uma camiseta com os dizeres: "Caveirão não. Favelas pela vida e contra as operações.

Imagem mostra Ana Paula Oliveira ao lado de outras duas integrantes do movimento Mães de Manguinhos. Elas utilizam uma camiseta com os dizeres: "Caveirão não. Favelas pela vida e contra as operações.

— Arquivo Mães de Manguinhos

22 de fevereiro de 2024

Movimentos sociais convocam a sociedade civil e militantes de direitos humanos para participar de um ato contra a letalidade policial no próximo dia 5 de março. A data marca a audiência o júri popular do policial militar Alessandro Marcelino de Souza.

O PM é acusado pelo homicídio de Johnatha de Oliveira Lima, de 19 anos, morto com um tiro nas costas em  14 de maio de 2014, em Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. 

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O ato em memória de Johnatha está previsto para às 9h30, na sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), localizado no centro da capital fluminense, onde o julgamento acontecerá a partir das 11h, na 3⁠ª Vara Criminal, no 9º andar do Fórum.

Ao lado do movimento Mães de Manguinhos, a mãe de Johnatha, Ana Paula Oliveira, fez um apelo em publicação nas redes sociais. O texto ressalta que, “após 10 anos de luta, ela e seus familiares seguem em uma busca incansável por justiça e reparação”.

“É um dia muito importante para mim, acho que não só para mim, mas para muitas outras mães e familiares vítimas da letalidade policial, é um momento em que eu preciso do apoio e da força de todos vocês. Então eu estou aqui para convocar, para chamar vocês para estarem nesse dia comigo. Justiça para Johnatha!”

Segundo informações da Agência Brasil, Jonatha voltava da casa da avó após deixar um pavê, quando cruzou com um tumulto entre policiais militares e moradores. Durante a confusão, um dos tiros disparados por um agente da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) atingiu as costas do jovem de 19 anos. 

Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no entanto, morreu no local. A família prestou queixa na delegacia e começou a pressionar pelo andamento das investigações. 

Durante o longo processo, Ana Paula criou o grupo Mães de Manguinhos, ao lado de Fátima Pinho, que também perdeu o filho assassinado por policiais da UPP. Desde então, elas passaram a acolher outras vítimas e a cobrar respostas das autoridades.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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