Nesta segunda-feira (14) moradores afetados pela falta de luz na Grande São Paulo realizaram protestos para chamar atenção das autoridades e da Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia em 24 municípios.
Segundo balanço da própria concessionária, mais de 530 mil imóveis iniciaram a semana sem energia elétrica após o apagão provocado pelas fortes chuvas na sexta-feira (11).
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No Campo Limpo, na Zona Sul da capital, a população – há mais de 70 horas sem luz – ateou fogo em madeiras e fechou a rua Domingos de Góes.
Na Lapa, na Zona Oeste, o protesto se concentrou na rua Tomé de Souza. Já em São Bernardo do Campo, município do ABC, manifestantes bloquearam a avenida Caminho do Mar contra a falta de energia. Na cidade vizinha, Diadema, também houve manifestações.
Enel tem três dias para restabelecer energia
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira que determinou um prazo de três dias para que a Enel normalize o fornecimento de energia em São Paulo. Silveira também criticou a concessionária e o setor de energia por reduzir a mão de obra qualificada e disse que as distribuidoras serão punidas se não melhorarem o serviço.
“Elas serão penalizadas caso não tenham uma previsão ou planejamento necessário a evitar esse tipo de evento, porque é evidente que o mundo passa por eventos climáticos severos e que o setor de distribuição tem que se precaver no planejamento com relação a esses eventos”, disse, em entrevista na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Segundo o ministro, a prioridade do governo federal no momento é restabelecer a energia na capital e na região metropolitana. Para isso, além dos trabalhadores da Enel, Silveira apontou que 1.400 profissionais atuam para restabelecer a distribuição de luz.
Silveira também destacou que o contrato de concessão da Enel vence em 2028 e que no momento o governo não trata da renovação, diferente do que foi dito pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, no domingo (13).
Com informações da Folha de S. Paulo e da Agência Brasil.